Importação de bens duráveis cresce no Brasil
O Brasil acumulou uma alta de 53,4% no volume importado de bens de consumo duráveis entre janeiro e novembro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. O resultado foi turbinado pelas compras de carros elétricos da China, segundo relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta terça-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Houve expansão também nas importações das demais categorias de uso da indústria de transformação, com destaque para o volume importado de bens de capital, que cresceu 23,8% de janeiro a novembro ante o mesmo período do ano anterior, sinalizando investimentos, e de bens intermediários, aumento de 14,5%, indicando insumos para um aumento de produção.
O crescimento nas importações brasileiras ajudou a reduzir o superávit da balança comercial neste ano, apontou a FGV. De janeiro a novembro de 2024, o superávit ficou em US$ 69,9 bilhões, o que significa US$ 19,4 bilhões a menos que no mesmo período de 2023.
Exportações
De janeiro a novembro, o volume total de exportações brasileiras aumentou 4,2% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto o volume importado subiu 16,5%. “A China permanece na liderança como principal mercado das exportações e importações brasileiras. O superávit com o país foi de US$ 31,0 bilhões, o que representa 44,3% do saldo acumulado da balança comercial até novembro de 2024”, ressalta o relatório do Icomex.
Em relação ao desempenho do ano anterior, entretanto, a participação da China nas exportações brasileiras diminuiu, enquanto avançaram as dos Estados Unidos e União Europeia.
Previsão
A FGV prevê que a balança comercial encerre o ano de 2024 com um superávit entre US$ 74 bilhões e US$ 78 bilhões. “Não se esperam fatos novos que possam alterar as principais conclusões e características da balança comercial de 2024”, acrescentou.
Júlio Rossato