BC cita fatores que afetam a inflação
O Banco Central do Brasil (BC) citou a elevação de preços de carnes e a estiagem observada ao longo do ano como fatores que afetam a inflação. O aumento tende a se propagar para o médio prazo em virtude da presença de importantes mecanismos inerciais da economia brasileira. As expectativas de inflação se elevaram em todos os prazos, indicando desancoragem adicional. O prêmio de inflação extraído dos instrumentos financeiros e as expectativas de inflação se elevaram no período, tornando o cenário de inflação mais adverso e requerendo uma política monetária mais contracionista.
Petróleo opera em baixa
Os preços do petróleo operam em baixa, com os investidores preocupados com a demanda chinesa e aguardando novas orientações do mercado a partir da decisão sobre a taxa de juros dos EUA, prevista para quarta-feira. As cotações do minério de ferro na China fecharam em leve alta, com os mercados avaliando a desaceleração dos embarques diante da fraca demanda e dos altos estoques nos portos da China, maior mercado consumidor.
China lidera exportações brasileiras
A China permanece como principal mercado das exportações e importações brasileiras, segundo dados da FGV. O superávit com o país foi de US$ 31,0 bilhões, o que representa 44,3% do saldo acumulado da balança comercial até novembro de 2024. No entanto, a participação da China nas exportações cai de 30,7% para 28,6% e aumenta de 21,9% para 24,1% nas importações. Estados Unidos e União Europeia ganham participação nas exportações e perdem nas importações. O comércio com a Argentina cresceu em termos de volume tanto para as exportações quanto para as importações, liderado pelo setor automotivo.
BC destaca fatores mitigadores
O BC destacou que há elementos mitigadores concorrendo com o impacto da política monetária sobre a atividade, como os impulsos de crédito e fiscais mais fortes do que antecipados. A manutenção de canais de política monetária desobstruídos, sem elementos mitigadores para sua ação, contribui para uma condução mais efetiva e mais eficiente.
Índices futuros dos EUA operam em baixa
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta terça-feira (17), com os investidores se preparando para a decisão sobre as taxas de juros do Federal Reserve na quarta-feira. A expectativa é de corte de 25 pontos-base, para o intervalo de 4,25%-4,5%, com cerca de 98,2% de probabilidade pela ferramenta FedWatch, do CME Group. O comunicado que acompanha a decisão e o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, poderá trazer indicações sobre a continuidade de cortes nas taxas de juros.
Mercados asiáticos fecham no vermelho
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente no campo negativo, enquanto os investidores aguardam a decisão do banco central dos EUA. Pequim planeja definir uma meta de crescimento anual de cerca de 5% para o próximo ano e aumentar o déficit orçamentário para 4% do produto interno bruto.
Dólar tem terceira alta seguida ante real
O dólar engatou a terceira alta seguida diante do real, mesmo com o BC promovendo um leilão da moeda. O movimento foi na direção contrária da divisa norte-americana, que na comparação com as principais moedas do mundo ficou com o índice DXY em leve baixa de 0,14%, aos 106,86 pontos.
Júlio Rossato