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Forças Armadas são a instituição mais confiável do Brasil, mas desconfiança aumenta desde 2017, diz pesquisa

Pesquisa do Datafolha mostra que Forças Armadas são as instituições mais confiáveis do Brasil, porém o índice de desconfiança em relação a elas está em tendência de alta desde 2017. Partidos políticos e redes sociais são as instituições menos confiáveis.

Forças Armadas: a instituição mais confiável do Brasil

As Forças Armadas seguem sendo a instituição mais confiável aos olhos dos brasileiros, mas o índice de desconfiança em relação à corporação está em tendência de alta desde 2017, início da série histórica.

É o que revela pesquisa do instituto Datafolha divulgada na terça-feira (17). O levantamento questionou 2.002 pessoas entre os dias 12 e 13 de dezembro sobre o grau de confiança nos Três Poderes, no Ministério Público, na imprensa, nos partidos políticos e nas grandes empresas do País.

Índice de confiança

Entre todas as instituições avaliadas, as Forças Armadas obtiveram o maior índice de entrevistados que afirmam “confiar muito” nos fardados, com 34%. São 24% os que dizem “não confiar” no Exército, na Marinha e na Aeronáutica. São 40% os que “confiam pouco” nos militares e 2% não souberam responder.

Quanto aos Três Poderes, o Congresso Nacional é “muito” confiável para 11%, enquanto 42% desconfiam do Legislativo. A Presidência é avaliada como totalmente confiável por 24%, ante 36% de desconfiança, enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) é visto com desconfiança por 38% dos entrevistados, ante 24% de “muita” confiança.

Instituições menos confiáveis

As instituições menos confiáveis, segundo a pesquisa, são os partidos políticos, com 50% de desconfiança, e as redes sociais, com 49%.

Embora não tenha variado além da margem de erro desde o levantamento anterior, a imagem das Forças Armadas está em tendência de piora desde o início da série histórica da pesquisa. Em junho de 2017, eram 15% os que diziam “não confiar” na instituição. Desde então, o índice aumentou nove pontos porcentuais.

A imagem das Forças Armadas pode ser ainda mais comprometida com os eventuais desdobramentos penais do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Dos 40 indiciados pela corporação, 28 são militares, entre os quais nomes de alta patente, como Almir Garnier, comandante da Aeronáutica na época dos fatos investigados, e Walter Braga Netto, general de quatro estrelas, ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) no último pleito. Braga Netto está preso preventivamente desde o último sábado (14), por obstrução de justiça.

(Com Estadão Conteúdo)


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