Rússia prende suspeito de matar general
A Rússia anunciou nesta quarta-feira (18) que deteve um homem uzbeque que confessou ter plantado e detonado uma bomba que matou um general graduado, Igor Kirillov, em Moscou, sob as instruções do serviço de segurança SBU da Ucrânia.
Kirillov era chefe das Tropas de Proteção Nuclear, Biológica e Química da Rússia e foi morto do lado de fora de seu apartamento na terça-feira, juntamente com seu assistente, quando uma bomba escondida em uma scooter elétrica explodiu.
O Comitê Investigativo da Rússia, que investiga crimes graves, informou em um comunicado que o suspeito não identificado havia dito a eles que tinha ido a Moscou para realizar uma tarefa para os serviços de inteligência da Ucrânia.
Suspeito confessa ter agido sob instruções da Ucrânia
Em um vídeo publicado pela agência de notícias Baza, o suspeito é visto descrevendo suas ações. Ele afirma que a Ucrânia lhe ofereceu 100.000 dólares e residência em um país europeu para plantar a bomba.
De acordo com os investigadores, ele disse que instalou uma câmera de vigilância em um carro alugado que, segundo eles, foi observado na cidade ucraniana de Dnipro por pessoas que organizaram o assassinato. Ele também descreveu a colocação do dispositivo na scooter elétrica e o estacionamento do lado de fora do bloco de apartamentos onde Kirillov morava.
Os investigadores disseram que estavam identificando outras pessoas envolvidas, e o jornal Kommersant informou que um outro suspeito havia sido detido. A Reuters não pôde confirmar o relato de forma independente.
Rússia abordará o assassinato na ONU
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse que Moscou abordará o assassinato em uma sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas em 20 de dezembro. Todos os envolvidos serão encontrados e punidos, afirmou ela.
O Departamento de Estado dos EUA disse que Washington não tinha nenhuma conexão com o assassinato ou qualquer conhecimento prévio dele. Um porta-voz do primeiro-ministro britânico Keir Starmer declarou que Kirillov “propagou uma invasão ilegal e impôs sofrimento e morte ao povo ucraniano”.