Funcionários chineses negam condições análogas à escravidão em fábrica da BYD no Brasil
O Jinjiang Group, uma contratada da fabricante chinesa de veículos elétricos BYD, disse nesta quinta-feira (26) que a descrição de autoridades brasileiras de que seus funcionários eram submetidos a “condições análogas à escravidão” é inconsistente com os fatos e que há mal-entendidos na tradução.
Na quarta-feira, equipe de auditores fiscais do Ministério do Trabalho afirmou ter encontrado 163 chineses trabalhando em “condições análogas à escravidão” em um canteiro de obras de uma fábrica de propriedade da BYD na Bahia.
O Jinjiang disse que houve problemas de tradução e diferenças culturais que levaram à situação, e que as perguntas dos auditores brasileiros foram “sugestivas”. Ela também publicou um vídeo mostrando um grupo de trabalhadores chineses em frente à câmera, com um deles lendo uma carta que, segundo o Jinjiang, os trabalhadores assinaram em conjunto.
Um representante da BYD direcionou a Reuters para a postagem de Li no Weibo quando perguntado sobre os comentários do Jinjiang e a situação.
A BYD está construindo a fábrica com uma capacidade anual de produção de 150.000 carros inicialmente no Brasil.
A China está em comunicação com as contrapartes brasileiras para verificar a situação e lidar com ela.