Comprar imóveis em leilão pode ser opção para moradia com desconto
Comprar imóveis em leilão pode ser uma opção para quem busca moradia com desconto. A taxa média de desconto de imóveis, segundo especialistas, é de 40% em relação ao preço real.
Para participar, é necessário acessar sites de leilões de terceiros ou de instituições financeiras, como a Caixa, que tem um site próprio com seus leilões. Plataformas como Zuk, Leilão Eletrônico e Sodré Santoro comercializam propriedades que foram a leilão, mas é preciso acessar diferentes plataformas para avaliar todas as oportunidades de compra de propriedades com desconto.
Atenção à compra de imóveis em leilão
É importante ter atenção ao comprar esse tipo de propriedade, pois cada imóvel tem seu edital, suas dívidas e condições. Algumas propriedades podem ainda estar ocupadas pelo antigo proprietário e levar meses até a desocupação, gerando custos de manutenção da moradia, como IPTU e condomínio. Além disso, muitas propriedades podem exigir grandes reformas.
Tendência de leiloar imóveis sem problemas financeiros
Uma tendência que vem ganhando força no mercado é leiloar imóveis que não têm problemas financeiros. A compra sob pressão acelera a venda, apesar de precisar ser comercializada com desconto. Além disso, a taxa de 5% do preço do negócio é paga pelo comprador, enquanto a corretagem é paga pelo vendedor.
Boom de leilões em 2024
A inadimplência do consumidor fez o número de imóveis em leilões quintuplicar em dois anos. Em 2024, foram 47 mil imóveis colocados no leilão da Caixa Econômica Federal, responsável por 70% dos financiamentos imobiliários no país. Os motivos do boom de leilões estão ligados aos efeitos negativos causados pela pandemia de covid-19 à economia do país, como inflação e desemprego, que limitaram a renda da população e levaram à inadimplência em financiamentos imobiliários.
Medidas da Caixa
A Caixa informou que tomou medidas para evitar o aumento do número de imóveis em leilão durante a pandemia, mas que o número subiu com a normalização do mercado. A instituição ofereceu alternativas como a pausa de pagamento estendida e o pagamento parcial da parcela, para renegociação dos contratos e controle da inadimplência dos clientes pessoas físicas, evitando assim a retomada dos imóveis.
Fonte: O Estado de S. Paulo.
Júlio Rossato