Novo presidente da Geórgia é empossado em meio a crise política
Mikheil Kavelashvili, crítico do Ocidente, foi empossado como presidente da Geórgia em meio a uma crise política após o governo suspender negociações para a candidatura à União Europeia. A presidente em fim de mandato, Salome Zourabichvili, opositora pró-União Europeia do partido governista, afirmou que Kavelashvili não tem legitimidade como presidente. Ela declarou que está deixando a residência oficial, mas que leva a legitimidade, a bandeira e a confiança de seus apoiadores consigo. Zourabichvili afirma que Kavelashvili não foi escolhido corretamente por parlamentares eleitos em uma eleição parlamentar de outubro, que segundo ela, foi marcada por fraudes. O partido governista e a comissão eleitoral do país afirmam que a eleição foi livre e justa e que Kavelashvili é o presidente devidamente eleito. O impasse presidencial é visto como um momento decisivo na Geórgia, um país com 3,7 milhões de habitantes e considerado um dos mais democráticos e pró-Ocidente entre os ex-países soviéticos.
Disputa política marca posse do novo presidente da Geórgia
A disputa política e os protestos marcam a posse do novo presidente da Geórgia, Mikheil Kavelashvili, aliado do bilionário ex-primeiro-ministro, Bidzina Ivanishvili, amplamente considerado o líder de fato da Geórgia. Na sexta-feira, os Estados Unidos impuseram sanções a Ivanishvili, alegando que ele lidera a atual guinada anti-Ocidente e pró-Rússia da Geórgia. A presidente em fim de mandato, Salome Zourabichvili, deixa a residência oficial, mas afirma que leva consigo a legitimidade, a bandeira e a confiança de seus apoiadores. Os partidos de oposição da Geórgia apoiam a posição de Zourabichvili e questionam a eleição parlamentar de outubro, marcada por fraudes, que elegeu os parlamentares que escolheram Kavelashvili como presidente. O partido governista Sonho Georgiano e a comissão eleitoral do país afirmam que a eleição foi livre e justa e que Kavelashvili é o presidente devidamente eleito.
Júlio Rossato