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Ministério da Fazenda publica portarias que regulamentam apostas esportivas no Brasil

O Ministério da Fazenda publicou 15 portarias que regulamentam o mercado de apostas esportivas no país a partir de 2025. Empresas que somam 30 bets receberam autorização definitiva.

Ministério da Fazenda publica portarias que regulamentam apostas esportivas no Brasil

Ministério da Fazenda publica portarias que regulamentam apostas esportivas no Brasil

O Ministério da Fazenda publicou, nesta terça-feira, 15 portarias que regulam o mercado das apostas de quota fixa no país a partir de 2025. Do total de documentos, 14 concedem autorização definitiva a empresas que somam 30 bets. Outros 52 CNPJs, responsáveis por 65 marcas, estão em lista provisória e precisarão enviar novos documentos.

Fora de todas as listas, estão quatro patrocinadoras de clubes da Série A, como a Esportes da Sorte e a Pixbet, estampadas nas camisas de Corinthians e Flamengo, respectivamente. A Esportes da Sorte reiterou sua autorização obtida pela Loterj e válida por cinco anos, enquanto Pixbet e Parimatch (do Botafogo) não responderam aos contatos da reportagem.

Somando licenças provisórias e definitivas, o total de bets regularizadas a partir de 1º de janeiro é de 95. A última lista divulgada pelo governo federal, em 20 de dezembro, indicava 104 CNPJs que administram, ao todo, 231 bets autorizadas a operar até o fim de 2024.

Outras empresas regularizadas

Além das empresas mencionadas, outras 12 clubes têm patrocínios de marcas regularizadas. A Betano, detentora dos naming rights do Brasileirão e da Copa do Brasil, tem licença provisória. Sem clubes, mas com parcerias com Galvão Bueno e Vini Jr, o Grupo NSX, responsável pela Betnacional e pela Mr Jack Bet, é um dos que afirmam já ter pago a outorga necessária.

O Palmeiras, que conta com a Crefisa desde 2015, planeja o anúncio da Sportingbet para o começo de 2025. A empresa está regularizada conforme a lista provisória.

Normas e regulamentações

Segundo a portaria, as empresas deverão pagar uma outorga de R$ 30 milhões para começar a operar a partir de janeiro. Além disso, há normas para que as operadoras coíbam fraudes, lavagem de dinheiro e publicidade abusiva. As práticas foram elaboradas pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda e aprovadas no Congresso. Uma delas é que os sites terão de utilizar o domínio “bet.br”.

Patrocinadoras de clubes de futebol

As empresas do mercado de aposta de quota fixa são as principais patrocinadoras do futebol brasileiro desde que foi permitida a operação no país, em 2017. No Corinthians, a Esportes da Sorte banca o salário de R$ 3 milhões mensais de Memphis Depay. A empresa também pagou parte dos R$ 2 milhões que Luis Suárez recebia por mês no Grêmio. A Superbet tem parceria semelhante com o São Paulo. A empresa é parceira do clube desde o final de 2023 e aporta parte do salário que Oscar receberá no retorno ao Brasil. Dos R$ 24 milhões anuais, a bet bancará R$ 12,5 milhões.

Entre os clubes da Série A, apenas Grêmio, Internacional, Mirassol e Red Bull Bragantino não têm bets como patrocinadoras másters dos clubes. Por enquanto. A dupla gaúcha não irá renovar o patrocínio máster com o Banrisul para 2025 e levará a marca do banco para as costas dos uniformes. Conforme o Estadão já adiantou, os clubes devem fechar com a KTO, aumentando o valor pago pela exposição nos uniformes. A marca já tem licença definitiva.

Em nota, o Grupo Esportes da Sorte afirmou que está apto a operar, conforme autorização da Loterj, com prazo para 5 anos. A licença foi ratificada judicialmente no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). “Em paralelo, a empresa pleiteou a licença da SPA/MF, após o cumprimento de todo rito legal e normativo estabelecido pela legislação e suas respectivas portarias, e aguarda o seu deferimento, certa de que todas as etapas regulatórias foram rigorosamente cumpridas”, diz um trecho do texto.


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