EUA devolvem esmeralda brasileira de R$ 6 bilhões
Os Estados Unidos finalizaram o processo de repatriação de uma esmeralda de aproximadamente 380 kg, descoberta em 2001 na cidade de Pindobaçu, no norte da Bahia. O juiz Reggie Walton, da Corte Distrital de Columbia, havia determinado que o Departamento de Justiça dos EUA formalizasse a repatriação até 6 de dezembro de 2024, e a entrega ocorreu quatro dias antes do prazo estipulado. A pedra preciosa, considerada um tesouro nacional brasileiro, possui um valor estimado em US$ 1 bilhão, equivalente a mais de R$ 6 bilhões.
A esmeralda foi retirada do Brasil sem autorização e enviada aos Estados Unidos em 2005, utilizando documentos falsificados, segundo a Advocacia-Geral da União (AGU). Em 2017, dois empresários foram condenados por crimes relacionados ao contrabando da pedra, que inclui receptação e uso de documentos falsos.
Ainda não há informações sobre a data em que a esmeralda chegará ao Brasil. A AGU anunciou que a pedra será exposta no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Repatriação respaldada por decisão da Justiça brasileira e americana
A repatriação da esmeralda foi respaldada por um pedido do Departamento de Justiça dos EUA, que acolheu uma decisão da Justiça brasileira em maio de 2022. Desde então, a AGU tem trabalhado para garantir a devolução do item, realizando um pedido de cooperação jurídica com a Justiça americana.
Lendas e curiosidades cercam a “Esmeralda Bahia”
Diversas lendas cercam a história da chamada “Esmeralda Bahia”, incluindo a crença de que a pedra é amaldiçoada e que seus contrabandistas foram mortos por animais selvagens. Mas, segundo a imprensa americana, após ser descoberta, a esmeralda foi levada para São Paulo e, posteriormente, para Nova Orleans. Na cidade americana, ela ficou guardada em um depósito que foi inundado pelo furacão Katrina, em 2005. Em 2008, ela foi recuperada pela polícia de Los Angeles na cidade de Las Vegas.
Júlio Rossato