Jocelyne Wildenstein, a Mulher-Gato, morre aos 84 anos
A socialite suíça Jocelyne Wildenstein, famosa por suas inúmeras cirurgias plásticas, faleceu em Paris aos 84 anos. Ela ficou conhecida mundialmente como a "Mulher-Gato" e era uma figura controversa no círculo social de Nova York.
Wildenstein ganhou fama não apenas por suas transformações estéticas marcantes, inspiradas em grandes felinos, mas também por sua vida pessoal conturbada, que incluiu um dos divórcios mais caros da história, avaliado em US$ 2,5 bilhões. Ela deixa dois filhos e seu noivo, o designer de moda Lloyd Klein.
Transformações estéticas
Jocelyne Périsset nasceu em 1940, na cidade suíça de Lausanne, e se tornou uma das personalidades mais icônicas da alta sociedade nova-iorquina após se casar com Alec Wildenstein, herdeiro de uma renomada família francesa de negociantes de arte. Apaixonada por animais exóticos, especialmente grandes felinos, Wildenstein chegou a criar um lince como animal de estimação, descrevendo seus olhos como "perfeitos". Seu interesse por transformações estéticas teria começado durante o casamento, supostamente para agradar Alec, que também admirava grandes felinos. Estima-se que ela gastou milhões de dólares em procedimentos cirúrgicos.
O divórcio de Wildenstein, finalizado em 1999, chamou atenção mundial não apenas pelo valor recorde, mas também pelas alegações de traição, gastos exorbitantes e disputas sobre o patrimônio do casal. Durante o processo, seu ex-marido alegou que ela tinha obsessão por cirurgias, enquanto Wildenstein negava ter alterado seu rosto para manter o casamento.
Legado
Após o acordo judicial, o juiz determinou que Jocelyne não poderia usar os fundos do divórcio para realizar novas cirurgias plásticas, uma decisão amplamente repercutida à época. Apesar das críticas, ela afirmava que a atenção da mídia contribuiu para sua visibilidade durante o processo de separação. Mesmo décadas após sua transformação estética, Wildenstein continuou a atrair a atenção do público, simbolizando o luxo extremo e o desejo de desafiar convenções.
Além de sua vida na alta sociedade, Wildenstein também era apaixonada por conservação animal e ajudava a proteger mais de 2.000 animais no rancho da família no Quênia, chamado Ol Jogi.
Júlio Rossato