Notícias

Presidente afastado da Coreia do Sul luta contra prisão por lei marcial

O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, disse que lutará até o fim ao enfrentar uma tentativa das autoridades de prendê-lo por causa da imposição da lei marcial no mês passado.

Presidente afastado da Coreia do Sul luta contra prisão por lei marcial

O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, disse que lutará até o fim ao enfrentar uma tentativa das autoridades de prendê-lo por causa da imposição da lei marcial no mês passado. Não estava claro quando e como a polícia poderia efetuar a prisão e se o serviço de segurança presidencial tentaria impedi-la.

Na quinta-feira, a polícia entrou em confronto com partidários de Yoon que se deitaram na rua para tentar bloquear o acesso à sua residência. A polícia emitiu ordens de dispersão e depois retirou à força alguns manifestantes, segundo jornalistas da Reuters.

Yoon escreveu na carta no final da quarta-feira para as centenas de apoiadores reunidos perto de sua residência oficial: “Estou assistindo ao vivo pelo YouTube todo o trabalho árduo que vocês estão fazendo”. “Lutarei até o fim para proteger este país junto com vocês”, disse ele na carta, cuja imagem foi enviada à Reuters por Seok Dong-hyeon, um advogado que assessora Yoon.

Partido Democrático

O Partido Democrático, de oposição, disse que a carta prova que Yoon está delirando e continua empenhado em concluir sua “insurreição”. “Como se não bastasse tentar encenar uma insurreição, ele agora está incitando seus partidários a um confronto extremo”, disse o porta-voz do partido, Jo Seoung-lae, em um comunicado.

Yoon chocou o país com o anúncio feito tarde da noite em 3 de dezembro de que estava impondo a lei marcial para superar o impasse político e erradicar as “forças antiestatais”. Em poucas horas, entretanto, 190 parlamentares desafiaram os cordões de isolamento das tropas e da polícia e votaram contra a ordem de Yoon. Cerca de seis horas após seu decreto inicial, Yoon o revogou.

Mandado de prisão

Na terça-feira, um tribunal aprovou um mandado de prisão para Yoon, o que potencialmente o tornaria o primeiro presidente em exercício a ser detido como parte das investigações sobre as alegações de que ele planejou uma insurreição ao tentar impor a lei marcial. A insurreição é uma das poucas acusações criminais pelas quais um presidente sul-coreano não tem imunidade.

O Escritório de Investigação de Corrupção para Autoridades de Alto Escalão (CIO), que está liderando uma equipe conjunta de investigadores que inclui a polícia e os promotores, tem até 6 de janeiro para executar o mandado de prisão. Yoon Kab-keun, advogado do presidente afastado, disse que o mandado de prisão é ilegal e inválido porque a CIO não tem autoridade, segundo a lei sul-coreana, para solicitar um mandado.

Separadamente, o julgamento de Yoon sobre o impeachment está sendo realizado no Tribunal Constitucional. Se o tribunal confirmar o impeachment e Yoon for removido do cargo, uma nova eleição presidencial será realizada dentro de 60 dias.


Publicado em:
Atualizado em: