Repactuação de concessão de ferrovias pela Vale
A Vale (VALE3) repactuou os contratos de concessão das ferrovias Carajás e Vitória-Minas com o governo, por um valor de R$ 17 bilhões. O acordo envolve o repasse de R$ 11,3 bilhões pela empresa à União e R$ 6 bilhões em novos investimentos na malha ferroviária. Analistas consideram o acordo positivo para a empresa, ao mitigar riscos regulatórios e contratuais.
Impacto limitado no fluxo de caixa e VPL detrator abaixo do esperado
A Genial Investimentos afirmou que o aporte resultará em um impacto limitado no fluxo de caixa e um Valor Presente Líquido (VPL) detrator abaixo do esperado, mas reiterou recomendação de compra para as ações da Vale, com preço-alvo de R$ 78,50. O Bradesco BBI avaliou o desenvolvimento como “ligeiramente positivo” e destacou que parte dos valores já foi quitada em 2024, minimizando o impacto no caixa. Além disso, a mudança no cálculo do Índice de Saturação Ferroviária (ISF) pode gerar economia ao longo do período. O Morgan Stanley também considerou o compromisso de cerca de R$ 11 bilhões favorável, especialmente em comparação com a cobrança de R$ 25,7 bilhões apresentada pelo governo em janeiro.
Encerramento de incerteza e ajuste estratégico na relação com o governo
A repactuação encerra uma incerteza que poderia gerar impactos mais severos no curto e longo prazo para a Vale. Além disso, a iniciativa visa fortalecer a previsibilidade regulatória para as operações da empresa e ajustar a relação com o governo. Os analistas concordam que, apesar do aumento nas provisões, o resultado final é amplamente favorável à companhia.