Vereador encontra banheiro sem pia e vaso sanitário em gabinete
O ex-participante do Big Brother Brasil, Adrilles Jorge, agora vereador em São Paulo, iniciou seu mandato com uma surpresa incomum. Ao assumir o gabinete 607, no 6º andar da Câmara Municipal, ele descobriu que o banheiro do local estava sem pia e vaso sanitário. O gabinete era ocupado anteriormente por Janaína Lima, que não conseguiu se reeleger. Segundo Adrilles, ela não informou previamente sobre a retirada dos itens.
Uma câmera do circuito interno da Casa flagrou um homem retirando o vaso. Janaína explicou que os itens foram adquiridos com recursos próprios e que, de acordo com as regras da Câmara, ela tinha o direito de levá-los ao deixar o cargo. Em nota, declarou: “É nosso dever devolver o gabinete como o recebemos, assegurando que todo o patrimônio público permaneça devidamente registrado e intacto.”
Reações do novo vereador
Adrilles reagiu com bom humor, dizendo que é uma punição para ele, que é conservador liberal, ser obrigado a usar o banheiro coletivo. Ele também brincou dizendo que a equipe poderia adotar um “penico comunitário”. O presidente da Câmara, Ricardo Teixeira, afirmou que nunca havia ocorrido algo semelhante na Casa e que o caso será avaliado pela nova Mesa Diretora.
Carreira política de Janaína Lima
Janaína, que iniciou sua carreira política pelo partido Novo, foi expulsa da sigla em 2021 após uma briga com a então colega Cris Monteiro. O episódio ocorreu no banheiro da Câmara durante a votação da Reforma da Previdência municipal, resultando em agressões e uma investigação pela Corregedoria da Casa. Em seu mandato, Janaína implementou reformas estruturais no gabinete, transformando o espaço em um “coworking legislativo”. O conceito, segundo ela, visava aproximar empreendedores de iniciativas voltadas para a cidade. Janaína deixou outros itens reformados no espaço, como divisórias de vidro e luminárias, para uso do novo ocupante.
Conclusão
Adrilles aguarda uma solução definitiva para o banheiro. Ele afirmou que o caso será levado à presidência da Casa, mas manteve o tom descontraído. O Estadão entrou em contato com a ex-vereadora, que não se manifestou.