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HSBC rebaixa Brasil para underweight por ser um mau negócio

O HSBC rebaixou o Brasil de neutra para underweight, pois o mercado brasileiro é um caso clássico de value trap (ou armadilha de valor). Analistas preferem posição defensiva.

HSBC rebaixa Brasil para underweight

O HSBC rebaixou o Brasil de neutra para underweight (exposição abaixo da média, equivalente à venda) dentro dos mercados emergentes. Para Alastair Pinder, Nicole Inui e Herald van der Linde, estrategistas que assinam o relatório do banco, o mercado brasileiro é um caso clássico de value trap (ou armadilha de valor). Ou seja, é um mercado que parece estar com desconto, mas, na verdade, só está desvalorizado porque é um mau negócio.

Razões para a mudança

Segundo os estrategistas, o mercado brasileiro já teve um desempenho significativamente inferior em 2024 e, embora os valuations pareçam atrativos, não há muitas razões para que isso mude. O banco indica maior exposição a ações defensivas e históricas específicas como de digitalização/fintechs e apostas na expansão agro.

Setores preferidos

Apesar do desempenho fraco do índice, os fundos de emergentes encontraram oportunidades no Brasil, com seleção de ações que superaram o benchmark brasileiro em 8% nos últimos 12 meses. Os setores preferidos incluem consumo discricionário e financeiros, com ações como Mercado Livre (BDR: MELI34), Itaú (ITUB4) sendo as mais populares entre os investidores.

Arábia Saudita em alta

Por outro lado, a Arábia Saudita foi elevada de neutra para overweight (exposição acima da média). Os estrategistas do HSBC acreditam que o ambiente de dólar forte será um fator crucial para o desempenho das ações do país. O mercado de ações saudita está se diversificando, com uma redução na dependência do petróleo, que agora representa 62% das receitas do governo, em comparação com 73% em 2014, reforça a análise. O HSBC também está overweight em Indonésia, África do Sul e China – sendo a última referência.


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