Opositor venezuelano busca apoio na Argentina para assumir presidência
Edmundo González Urrutia, opositor de Maduro, chegou à Argentina para se reunir com o presidente Javier Milei e buscar apoio de líderes de direita do continente para assumir a presidência da Venezuela. González está oferecendo uma recompensa de 100 mil dólares por informações que levem a sua prisão. A comunidade venezuelana na Argentina foi convidada a se reunir na central Plaza de Mayo.
Reunião com líderes de direita
González pretende se reunir com líderes de direita do continente para reunir apoio para sua tentativa de retornar à Venezuela para a posse do novo mandato presidencial, marcado para 10 de janeiro. González exilou-se na Espanha em setembro e prometeu retornar a seu país para “tomar posse” no lugar de Maduro. Após o encontro com Milei, González Urrutia viajará a Montevidéu para se reunir com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, e com o chanceler, Omar Paganini.
Eleições venezuelanas
O ditador Nicolás Maduro deve tomar posse para um terceiro mandato na semana que vem depois de ter se declarado vencedor da eleição em julho, em meio a diversas suspeitas de fraude. Diversos países, entre eles o Brasil, não reconhecem o resultado da eleição. As autoridades eleitorais venezuelanas proclamaram Maduro reeleito a um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), sem divulgar detalhes da contagem de votos. A oposição denuncia uma fraude e reivindica a vitória de González Urrutia amparada em atas eleitorais publicadas na internet.
Tensão entre países
A visita de González ocorre enquanto autoridades venezuelanas oferecem uma recompensa de 100 mil dólares por informações que levem à sua prisão e em meio à escalada da tensão entre os países após a prisão de um militar argentino na Venezuela. A Argentina denunciou a Venezuela ao Tribunal Penal Internacional (TPI) pela “prisão arbitrária e desaparecimento forçado” do militar Nahuel Gallo, de 33 anos, em 8 de dezembro por “terrorismo”. O chanceler venezuelano, Yván Gil, criticou a denúncia ao TPI como um “espetáculo lamentável”. A embaixada argentina em Caracas – sob custódia do Brasil – abriga desde março seis colaboradores de Machado, acusados de “terrorismo”.
Prêmio Sakharov
Em dezembro, o Parlamento Europeu concedeu o Prêmio Sakharov a González Urrutia e à líder da oposição Maria Corina Machado por seus “esforços para restaurar a liberdade e a democracia” na Venezuela.
Informações adicionais
Data: 04/01/2025 09h32
Categoria: 11
Tipo: news
Tags: Venezuela, Nicolás Maduro, Edmundo González Urrutia, eleições, direita, apoio, prisão, asilo, denúncia, TPI, Prêmio Sakharov.
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Júlio Rossato