No programa Morning Call da XP, Rodrigo Sgavioli, head de alocação, explicou que há caminhos para reduzir a relação dívida pública com o PIB. Entre eles estão não pagá-la, fazer ajuste fiscal ou usar a inflação para reduzir os custos do endividamento. Ele destacou que essa equação precisa ser resolvida em 2025. O valor nominal da dívida é dividido pelo nível de preços (indicado pela inflação) e apresenta o valor presente esperado dos resultados primários do governo. Sgavioli afirmou que muito provavelmente o valor nominal da dívida vai continuar crescendo e que não espera que o governo dê calote na dívida. Para ele, o ajuste vai acabar vindo por inflação e que a alta dos preços provocada pela inflação deve corroer o valor real da dívida pública e evitar uma “trajetória explosiva” dela.
Ajuste fiscal
De acordo com o analista, a primeira variável para resolver a equação do endividamento público brasileiro seria o valor nominal da dívida. Ele disse que muito provavelmente ela vai continuar crescendo e que não espera que o governo dê calote na dívida. Sgavioli ressaltou que não viu uma boa vontade genuína em larga escala do governo de tentar superávits primários relevantes. O pacote fiscal divulgado pelo governo federal no final do ano passado foi considerado insuficiente para a obtenção de superávits nos próximos anos.
Uso da inflação
Para a XP, a inflação pode ser utilizada para reduzir os custos do endividamento. Se a questão é não mexer no resultado primário e não mexer também no valor nominal da dívida, sobra para a inflação pagar a conta. A alta dos preços provocada pela inflação deve corroer o valor real da dívida pública e evitar uma “trajetória explosiva” dela.