Azul e Gol estruturam memorando de entendimento para possível fusão
A Azul (AZUL4) e a Abra, controladora da Gol (GOLL4), estão estruturando a assinatura de um memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) nas próximas semanas, com o objetivo de iniciar as negociações sobre uma possível fusão entre as duas companhias aéreas brasileiras, conforme apuração do jornal Valor.
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal, o acordo ainda tem ainda diversas condicionantes para que a combinação de negócios seja concretizada. O pedido de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos (Chapter 11) iniciado em janeiro de 2024 é que tem feito a assinatura do memorando ter sido adiada — a perspectiva original era para ter acontecido em novembro do ano passado. Agora, a visão é de que a assinatura saia ainda em janeiro deste ano.
O memorando apontará a estrutura de capital e governanças de ambas empresas, bem como reforçar a intenção do negócio entre elas. Nos bastidores, de acordo com fontes ouvidas pelo Valor, circula com mais força a ideia de criar uma “corporation” (companhia sem controlador definido). As duas marcas continuariam a ser utilizadas, seguindo o modelo adotado em outras fusões recentes no setor aéreo — como ocorreu na união entre Avianca e Gol, que manteve ambas as marcas. Outra possibilidade em discussão é a formação de uma joint venture entre as companhias, já que Gol e Azul operam no modelo de “codeshare” (compartilhamento de assentos).
A conclusão da recuperação judicial da Gol nos EUA, prevista para abril, seria um marco importante para o avanço de um possível acordo.
Conclusão
Um memorando de entendimento (MOU) está sendo estruturado pela Azul e Abra, controladora da Gol, com o objetivo de iniciar as negociações sobre uma possível fusão entre as duas companhias aéreas brasileiras. O pedido de recuperação judicial da Gol nos EUA tem sido um obstáculo para a assinatura do MOU, que foi adiada. A assinatura está prevista para ocorrer ainda em janeiro deste ano. O MOU apontará a estrutura de capital e governanças de ambas empresas, bem como reforçar a intenção do negócio entre elas. Nos bastidores, a ideia de criar uma “corporation” é discutida com mais força, com as duas marcas continuando a ser utilizadas. A conclusão da recuperação judicial da Gol nos EUA, prevista para abril, seria um marco importante para o avanço de um possível acordo.
Júlio Rossato