Bradesco BBI corta recomendação de Gerdau e Usiminas
O banco Bradesco BBI reduziu a recomendação de compra para neutro nas ações da Gerdau e Usiminas, devido aos desafios macroeconômicos do setor de aço brasileiro. A demanda por aço no Brasil tem se aproximado de máximas históricas no ano passado, mas o BBI prevê crescimento limitado em 2025, resultando em uma queda do poder de precificação das siderúrgicas. Além disso, as ações de siderúrgicas brasileiras se tornaram menos atraentes, com menor momentum de lucros, risco de queda nas estimativas de consenso e ausência de geração de fluxo de caixa.
Mudança de recomendação
O Bradesco BBI cortou a recomendação de compra para neutro nas ações da Gerdau e Usiminas. Apenas a Vale segue com recomendação de compra no setor de metais básicos. Os analistas acreditam que estamos nos aproximando do pico do ciclo do aço no Brasil, com perspectivas de taxas de juros mais altas e incertezas econômicas, indicando um crescimento mais lento.
Projeções
O BBI reduziu a previsão de Ebitda da Gerdau para 2025 e 2026 em 13%, com preço-alvo em 24%, e reduziu a projeção de Ebitda da Usiminas para 2025 e 2026 em 35%, com preço-alvo em 45%. O banco espera um Ebitda no Brasil de R$ 4,5 bilhões, com margem de 16%. Para 2025, analistas projetam Ebitda nos EUA de R$ 3,8 bilhões, com uma margem de 14%. Na divisão de minério de ferro, BBI espera volumes de 8,6 milhões de toneladas em 2025, com previsão do Ebitda de minério de ferro de R$ 370 milhões em 2025, levando a um Ebitda consolidado de R$ 2,2 bilhões, abaixo do consenso de R$ 2,7 bilhões.
Impacto nas ações
A ação da Usiminas caía 1,64%, cotada a R$ 4,80, enquanto o papel da Gerdau recuava 2,33%, a 17,19, entre as maiores quedas do Ibovespa nesta quinta-feira (9).