Taxas dos DIs em queda
As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em baixa, em mais uma sessão de retirada de excessos nos prêmios da curva brasileira após a disparada do fim de 2024, em movimento favorecido ainda pelo recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior.
No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para julho de 2025 — um dos mais líquidos no curtíssimo prazo — estava em 13,985%, ante o ajuste de 14,009% da sessão anterior. Já a taxa do contrato para janeiro de 2026 marcava 14,94%, ante o ajuste de 14,985%.
Expectativas para o PIB do agronegócio
O vice-presidente mostrou-se otimista e disse que, em 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro deve crescer mais de 4%.
Avaliação do mercado
Desde o início do ano profissionais do mercado têm avaliado que as quedas nas taxas ocorrem em função da necessidade de se eliminar excessos, após a disparada no fim de 2024. O fato de o noticiário fiscal estar relativamente esvaziado em função do recesso do Congresso no Brasil é outro fator que permite certo fechamento da curva a termo.
“Por mais que vejamos os juros sendo queimados na curva, e prêmios (sendo reduzidos) com menor convicção no dólar, o patamar ainda é muito alto”, avaliou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
Projeções para a Selic
Perto do fechamento desta quarta-feira a curva precificava 76% de probabilidade de elevação de 100 pontos-base da taxa Selic no fim deste mês. Na última segunda-feira o relatório Focus mostrou que a mediana das projeções do mercado para a inflação em 2026 saltou de 4,96% para 4,99% e em 2027 foi de 3,83% para 3,90%. O pico da Selic no atual ciclo, conforme o Focus, será de 15% este ano.
Entrevista com o ministro da Fazenda
Durante a tarde, em rápida entrevista em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a pasta recomendou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vete todos os pontos do projeto da dívida dos Estados que resultem em impacto no resultado primário das contas públicas.