Ibovespa Futuro em queda
O Ibovespa Futuro opera em queda nos primeiros negócios nesta segunda-feira (13), acompanhando o desempenho externo, em início de semana com uma agenda macroeconômica cheia, que pode influenciar as decisões de investimento nas próximas sessões. Entre os destaques, estão a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) nos EUA, na quarta-feira, e a publicação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de novembro, na quinta.
Na cena doméstica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza reunião nesta manhã com membros importantes do governo, incluindo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Já Diogo Guillen, diretor de Política Econômica do BC, participa de evento organizado pelo Bradesco Asset Management, em São Paulo, para tratar de conjuntura macroeconômica.
Os agentes financeiros também seguem de olho em novas notícias e anúncios do novo governo dos EUA, à medida que o presidente eleito, Donald Trump, se aproxima de seu retorno à Casa Branca em 20 de janeiro.
Às 9h06 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em fevereiro recuavam 0,32%, aos 119.690 pontos.
Índices futuros dos EUA recuam antes de novos dados
As projeções dos analistas para a inflação em 2025 e 2026 voltaram a subir, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (13) no Relatório Focus do Banco Central. A projeção para 2025 passou de 4,99% para 5,00%, enquanto para 2026, a estimativa subiu de 4,03% para 4,05%.
Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com queda de 0,28%, S&P500 caía 0,77% e Nasdaq Futuro recuava 1,17%, com investidores ainda reagindo a um forte relatório de emprego divulgado na semana passada, demonstrando aversão ao risco diante da perspectiva de nenhum corte na taxa de juros pelo Federal Reserve este ano.
Exportações e importações da China
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam no vermelho, depois que o relatório de empregos dos EUA na sexta-feira diminuiu as esperanças dos investidores de cortes antecipados nas taxas de juros pelo Fed.
As exportações e importações da China em dezembro superaram as expectativas por uma margem significativa. As exportações registraram um aumento de 10,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, ultrapassando a previsão de crescimento de 7,3% estimada pela Reuters. As importações, por sua vez, surpreenderam ao apresentar um crescimento de 1% em dezembro, contrariando a estimativa de queda de 1,5% prevista pela agência.
Preços do petróleo e do minério de ferro
Os preços do petróleo operam em alta, com o Brent chegando a ultrapassar a marca de US$ 81 o barril, seu nível mais alto em mais de quatro meses, com expectativas de novas sanções dos EUA para cortar fornecimento russo. As exportações de petróleo russo serão severamente prejudicadas pelas novas sanções, forçando a China e a Índia, o maior e o terceiro maior importador de petróleo do mundo, respectivamente, a adquirir mais petróleo do Oriente Médio, África e Américas, o que aumentará os preços e os custos de envio. As cotações do minério de ferro na China atingiram máxima de mais de uma semana com esperanças renovadas de estímulo de Pequim.
Dólar à vista
O dólar à vista operava com alta de 0,43%, cotado a R$ 6,126 na compra e na R$ 6,127 venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,33%, a 6.148 pontos.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)
Júlio Rossato