Desempenho do Ibovespa em janeiro de 2025
O Ibovespa segue em tendência de baixa neste início de 2025, com uma desvalorização de 1,19% em janeiro, fechando aos 118.856 pontos.
Após atingir a mínima do ano em 2023, na região de 96.996 pontos, o índice iniciou um forte rali comprador, renovando máximas históricas nos dois anos seguintes. Contudo, desde o topo de agosto de 2024, na faixa de 137.469 pontos, o movimento perdeu força, entrando em um ciclo de quatro meses consecutivos de queda, com potencial para um quinto mês caso o cenário não apresente reversões significativas.
Análise técnica do Ibovespa
No gráfico diário, o movimento recente do Ibovespa é claramente descendente, com topos e fundos consecutivos abaixo das médias móveis. Desde o topo histórico de 137.469 pontos, o índice acumula quedas consistentes.
Após o fundo em junho de 2024, na região de 118.685 pontos, houve um breve fluxo comprador que impulsionou novas máximas, mas o movimento perdeu força logo em seguida.
A continuidade dessa tendência de baixa depende do rompimento dos suportes críticos, como os 118.400 e 117.000 pontos. Caso perca essas faixas, os próximos alvos de suporte estão em 114.430, seguidos por 112.000 e 108.275 pontos.
Por outro lado, para reverter o cenário, o Ibovespa precisa superar inicialmente os 120.100/122.300 pontos e, em seguida, buscar 124.700 e a média de 200 períodos, atualmente em 127.750 pontos. O alvo mais longo para uma retomada altista seria a região de 134.391 pontos.
Análise técnica semanal do Ibovespa
No gráfico semanal, a trajetória do Ibovespa reflete topos e fundos ascendentes até o pico histórico registrado em agosto de 2024. Após o topo, o índice entrou em um fluxo vendedor contínuo, que reduziu os preços das médias móveis. Apesar da alta na semana passada, o candle apresentou um longo pavio superior, sugerindo pressão vendedora.
Para retomar um movimento altista, o índice precisa superar a faixa de resistência entre 122.840 e 124.700 pontos, o que abriria caminho para os alvos em 128.375 e, mais adiante, na máxima histórica de 137.469 pontos.
No entanto, se o suporte na média de 200 períodos, localizado em 117.225 pontos, for rompido, o mercado pode intensificar as vendas, com alvos específicos nas faixas de 113.000 a 108.275 pontos.
Rodrigo Paz é analista técnico.
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Júlio Rossato