Uma juíza peruana anulou nesta segunda-feira um julgamento de lavagem de dinheiro iniciado no ano passado envolvendo a ex-candidata presidencial Keiko Fujimori, acusada de receber fundos ilegais de uma construtora brasileira e de empresas locais.
A política, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, poderia pegar até 30 anos de prisão sob as acusações de liderar uma organização criminosa que recebeu contribuições ilegais para suas campanhas eleitorais de 2011 e 2016.
A juíza Mercedes Caballero disse em uma audiência que Keiko Fujiori, juntamente com outros réus, foram excluídos do julgamento em conformidade com uma decisão recente do tribunal constitucional do país, que havia excluído outro réu sob a alegação de que seu direito de defesa havia sido violado.
Keiko Fujimori, de 49 anos, concorreu três vezes à Presidência do país andino. A tentativa mais recente foi em 2021, quando perdeu para o candidato de esquerda Pedro Castillo, que sofreu impeachment e foi preso no final de 2022 após sua tentativa de dissolver ilegalmente o Congresso.
Atualmente, ela lidera o influente partido de direita Força Popular.
Seu pai, Alberto Fujimori, morreu em setembro do ano passado, quase um ano depois de ser libertado da prisão, onde havia cumprido 16 anos de uma sentença de 25 anos por abusos de direitos humanos durante seu mandato como presidente.
Júlio Rossato