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Grupo processa McDonald's por programa de bolsas de estudo para hispânicos

A American Alliance for Equal Rights, fundada por Edward Blum, processou o McDonald's por discriminação ao conceder bolsas de estudo para estudantes latinos e hispânicos nos Estados Unidos. Saiba mais!

Grupo processa McDonald's por programa de bolsas de estudo para hispânicos

A American Alliance for Equal Rights, um grupo que se opõe à ação afirmativa e foi fundado por Edward Blum, entrou com uma ação judicial acusando o McDonald's de discriminação. O grupo alega que a empresa não foi longe o suficiente quando reverteu várias iniciativas de diversidade, continuando a manter um programa que concede bolsas de estudo a estudantes latinos e hispânicos nos Estados Unidos.

O Programa Nacional de Bolsas de Estudo HACER do McDonald's existe desde 1985 e concedeu mais de 33 milhões de dólares em bolsas de estudo para estudantes hispânicos e latinos. Até 30 alunos recebem anualmente até 100 mil dólares por meio do programa. No entanto, o grupo de Blum afirma que o programa discrimina outros alunos, inclusive um aluno branco do ensino médio em Arkansas, ao restringir a elegibilidade a alunos que tenham pelo menos um dos pais de origem hispânica ou latina.

Ação judicial

A ação judicial alega que o programa viola a Seção 1981 da Lei de Direitos Civis de 1866 dos EUA, uma lei da época da Guerra Civil que proíbe o preconceito racial nas contratações. O grupo pede que um juiz emita uma liminar impedindo o McDonald's de considerar a raça e a etnia dos candidatos à bolsa de estudos. “Esperamos que o McDonald’s suspenda imediatamente esse programa de bolsas de estudo para que ele possa ser aberto a todos os alunos do ensino médio com poucos recursos, independentemente de sua herança étnica”, disse Blum em um comunicado.

Resposta do McDonald's

Em resposta à ação judicial, o McDonald's disse que está analisando a reclamação e que, como parte das mudanças em suas iniciativas de diversidade, está revisando os programas para garantir que eles “se alinhem com nossa visão de futuro”. A empresa também citou uma decisão do ano passado da Suprema Corte dos EUA, de maioria conservadora, que proibiu a consideração da raça como fator de admissão em faculdades.


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