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Pequenas hidrelétricas reivindicam regulação para competir no mercado livre de energia

Entidades do setor de pequenas hidrelétricas reivindicam mudanças na regulação para competir no mercado livre de energia.

Pequenas hidrelétricas querem competir no mercado livre de energia

Entidades do setor de pequenas centrais hidrelétricas (PCH) reivindicam alterações na regulação para poderem competir em pé de igualdade com outras fontes e se tornarem mais competitivas no mercado livre de energia. As PCHs podem ser remuneradas por características importantes para o sistema elétrico, como a confiabilidade e a despachabilidade.

Leilão A-5

O Ministério de Minas e Energia publicou em dezembro as diretrizes do leilão A-5, que visa a contratação de energia nova. Serão contratadas usinas de 1 MW a 50 MW com início de suprimento a partir de 2030. Os contratos com as distribuidoras de energia podem ser importantes para trazer viabilidade aos projetos e, eventualmente, trazer competitividade também para contratos no mercado livre.

PCHs precisam de política de governo

A presidente da Associação Brasileira de PCHs, Alessandra Torres, afirma que o leilão específico para as centrais hidrelétricas de pequeno porte é uma demanda antiga do setor. As PCHs precisam de uma política de governo, por possuírem características importantes para o sistema elétrico e poderem suprir a demanda em determinadas horas, como no horário de pico, quando a geração solar não é suficiente. A forma de viabilizar as PCHs para o ambiente de contratação livre seria através de serviços ancilares, como o auto restabelecimento, o controle de frequência e a manutenção de reserva de potência operativa, previstos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Remuneração pelos atributos ambientais e sistêmicos

O presidente da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), Charles Lenzi, acredita que é possível remunerar as PCHs pelos atributos ambientais e sistêmicos que as usinas possuem, como a otimização do sistema de transmissão e a redução de perdas. Considerando projetos já em operação comercial, uma forma de torná-las mais competitivas seria através do reconhecimento econômico e financeiro desses atributos, segundo a Aneel.


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