Bolsonaro envia esposa aos EUA para posse de Trump
No sábado, dia 18 de janeiro de 2025, Jair Bolsonaro (PL) levou sua esposa Michelle até o aeroporto de Brasília, onde ela embarcou para representá-lo na cerimônia de posse de Donald Trump nos Estados Unidos. Bolsonaro não pôde comparecer ao evento em Washington, que ocorreu na segunda-feira, dia 20 de janeiro.
O passaporte de Bolsonaro foi retido em fevereiro de 2024 no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi baseada no risco de fuga e, mesmo após pedidos de devolução do documento no início do ano, o STF rejeitou e manteve a decisão.
Críticas a Alexandre de Moraes
Em entrevista à imprensa, Bolsonaro criticou o relator do inquérito do golpe, Alexandre de Moraes, e afirmou estar sofrendo perseguição política. Segundo ele, “Não pode uma pessoa no STF ser o dono da verdade e decidir o que faz com a vida de quem quer que seja.”
O ex-presidente disse que estava constrangido por não poder estar presente na posse de Donald Trump, já que tinha pré-agendado encontros com chefes de Estado. Foram feitos dois pedidos de liberação do passaporte ao STF, porém ambos foram negados pelo ministro Alexandre de Moraes, que afirmou que as condições que fizeram com que o passaporte fosse apreendido se mantêm e que não há interesse público na viagem do ex-presidente.
Esperança na ajuda de Trump
Bolsonaro espera que o presidente eleito dos EUA possa ajudá-lo a reverter sua inelegibilidade. Ele afirmou que, se Trump o convidou, é porque tem a certeza de que pode colaborar com a democracia do Brasil, afastando inelegibilidades políticas, como as duas que o ex-presidente sofreu.
Michelle afirmou em entrevista no aeroporto que Bolsonaro está sendo perseguido e que “eles têm um certo medinho” do ex-presidente, por ele ser “o maior líder da direita brasileira”. Entretanto, ela não especificou quem seriam “eles”.
Júlio Rossato