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Brasileiros acreditam em imposto sobre operações Pix, aponta pesquisa

Levantamento da Quaest indica que 87% dos entrevistados ouviram fake news sobre cobrança de imposto sobre o Pix, mas governo já desmentiu a informação.

Brasileiros acreditam em imposto sobre operações Pix, aponta pesquisa

A maioria dos brasileiros acredita que o governo pode começar a cobrar imposto sobre as operações Pix, segundo um levantamento feito pela Quaest, divulgado na sexta-feira (17). A pesquisa questionou os entrevistados sobre o que eles ouviram a respeito das informações falsas que rodaram nas últimas semanas em redes sociais sobre o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central.

Os dados mostram que 87% dos entrevistados ouviram a fake news de que o governo cobraria imposto sobre o Pix, contra apenas 13% que disseram não ter ouvido nada sobre o assunto.

Entre os que ouviram, 67% ainda acreditam que o governo possa começar a cobrar alguma taxa sobre o Pix, enquanto 17% afirmaram não acreditar em uma possível cobrança futura e 16% não souberam responder.

A grande onda de desinformação e ataques ao governo fez o presidente Lula revogar a normativa da Receita Federal que deu início ao assunto.

Normativa da Receita Federal

A norma previa uma transferência semestral para a Receita de dados de transações das operadoras de cartão de crédito (carteiras digitais) e das fintechs para movimentações acumuladas acima de R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil mensais para pessoas jurídicas. Isso valia para o Pix e outras formas de transferência de recursos.

Esses reportes são obrigatórios para os bancos tradicionais e o objetivo na normativa era igualar o tratamento para outras instituições financeiras.

Entre os brasileiros informados sobre o assunto, 68% ficaram sabendo que o governo federal desmentiu a informação falsa e 31% não ficaram sabendo.

Sobre a revogação da fiscalização, 55% disseram que ficaram sabendo e 45% disseram que não ficaram sabendo.

A Quaest ouviu 1,2 mil pessoas entre os dias 15 e 17 de janeiro e os monitoramentos foram feitos levando em consideração dados coletados entre 1º e 16 de janeiro. Para obter os dados, a pesquisa monitorou as redes sociais, grupos de WhatsApp e pesquisa de opinião.


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