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Trump prorroga prazo do TikTok nos EUA

Donald Trump pede a empresas de tecnologia para “não deixar o TikTok ficar indisponível” e anuncia prorrogação do prazo para venda da empresa após a plataforma suspender seus serviços nos EUA.

Trump prorroga prazo do TikTok nos EUA

O presidente eleito Donald Trump pediu às empresas de tecnologia para “não deixar o TikTok ficar indisponível” e anunciou que iria prorrogar um prazo para vender a empresa após a plataforma de vídeo suspender seus serviços nos EUA e a Apple e o Google removerem a plataforma de suas lojas de aplicativos.

“Vou emitir uma ordem executiva na segunda-feira para estender o período de tempo antes que as proibições da lei entrem em vigor, para que possamos fazer um acordo para proteger nossa segurança nacional”, disse Trump em uma postagem nas redes sociais. “A ordem também confirmará que não haverá responsabilidade para qualquer empresa que ajudou a manter o TikTok ativo antes da minha ordem.”

Busca por solução

Trump, que será empossado ao meio-dia (14h de Brasília) de segunda-feira (20), disse que buscaria uma joint venture na qual novos proprietários baseados nos EUA comprariam 50% da empresa e “a manteriam em boas mãos e permitiriam que ela continuasse ativa.”

“Sem a aprovação dos EUA, não há TikTok”, continuou Trump. “Com nossa aprovação, vale centenas de bilhões de dólares — talvez trilhões.”

Lei que proíbe o aplicativo

A lei que proíbe o aplicativo, que foi aprovada com apoio bipartidário no Congresso, exige que empresas de tecnologia que hospedam ou distribuem o TikTok nos EUA – como Apple, Google e Oracle – parem de fazê-lo em 19 de janeiro. Os recursos do TikTok não conseguiram impedir a medida, que foi aprovada no ano passado para abordar preocupações de segurança nacional.

Penalidades

As empresas que forem consideradas em violação podem enfrentar enormes penalidades determinadas por “multiplicar US$ 5.000 pelo número de usuários”, de acordo com a lei. Em um país onde cerca da metade da população está no TikTok — o aplicativo afirma ter 170 milhões de usuários mensais nos EUA — essas multas podem se acumular rapidamente.

Aliados de Trump

Dois aliados de Trump no Senado dos EUA elogiaram a Apple, Google e Amazon por “cumprirem a lei” e incentivaram outras empresas a fazerem o mesmo em uma postagem nas redes sociais. A declaração do presidente do comitê de inteligência do Senado, Tom Cotton, e do senador Pete Ricketts também disse que não havia “base legal para qualquer tipo de ‘extensão’” da data de entrada em vigor da lei. É uma rara divergência com Trump para os dois senadores republicanos.


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