Donald Trump toma posse como presidente dos EUA
Donald Trump tomará posse como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira, dando início a outro mandato turbulento de quatro anos com promessas de ampliar os limites do poder executivo, deportar milhões de imigrantes, garantir retaliação contra seus inimigos políticos e transformar o papel dos EUA no cenário mundial.
Posse de Trump
A posse de Trump completa um retorno triunfante para um político que sobreviveu a dois julgamentos de impeachment, uma condenação por crime, duas tentativas de assassinato e uma acusação por tentar anular sua derrota nas eleições de 2020.
A cerimônia será realizada ao meio-dia (14h de Brasília) dentro da Rotunda do Capitólio dos EUA, quatro anos depois que uma multidão de apoiadores de Trump invadiu o símbolo da democracia norte-americana em um esforço malsucedido para reverter a derrota do republicano Trump em 2020 para o democrata Joe Biden. A cerimônia de posse é realizada em um local fechado pela primeira vez em 40 anos devido ao frio.
Decretos relativos a imigração, energia e tarifas
Trump, o primeiro presidente dos EUA desde o século 19 a conquistar um segundo mandato depois de perder a Casa Branca, disse que perdoará “no primeiro dia” muitas das mais de 1.500 pessoas acusadas de ligação com o ataque de 6 de janeiro de 2021.
Essa promessa está entre uma série de decretos relativos a imigração, energia e tarifas que Trump pretende assinar já na segunda-feira, após fazer o juramento de posse. Em um comício em estilo de campanha no domingo em Washington, Trump prometeu impor severas restrições à imigração em seu primeiro dia.
Donald Trump, uma força caótica e perturbadora
Como fez em 2017, Trump entra no cargo como uma força caótica e perturbadora, ao prometer reformar o governo federal e expressar profundo ceticismo sobre as alianças lideradas pelos EUA que moldaram a política global pós-Segunda Guerra Mundial.
Era atual comparada ao final do século 19
Jeremi Suri, historiador presidencial da Universidade do Texas em Austin, comparou a era atual com o final do século 19, quando Grover Cleveland se tornou o único outro presidente a conquistar mandatos não consecutivos. Como agora, disse ele, era uma época de agitação, com os avanços industriais transformando a economia, a desigualdade de riqueza explodindo e a proporção de americanos imigrantes atingindo um pico histórico.
Ministros polêmicos
Diferentemente de 2017, quando preencheu muitos cargos importantes com institucionalistas, Trump priorizou a fidelidade em detrimento da experiência ao nomear uma série de ministros polêmicos, alguns dos quais são críticos declarados das agências que foram escolhidos para liderar.
Apoio de Elon Musk
Ele também conta com o apoio do homem mais rico do mundo, Elon Musk, que gastou mais de 250 milhões de dólares para ajudar a eleger Trump. Outros líderes bilionários do setor de tecnologia que tentam obter favores do novo governo, como Jeff Bezos, da Amazon, Mark Zuckerberg, da Meta, Sundar Pichai, da Alphabet, e Tim Cook, da Apple, se juntarão a Musk na cerimônia de segunda-feira, segundo a Reuters e outros veículos de mídia.
Trump viajará para a Califórnia
Trump disse no domingo que viajará para a Califórnia na sexta-feira para visitar Los Angeles, devastada pelo fogo.