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Kimberly-Clark pode vender negócio internacional de papel tissue por US$ 4 bi

A Kimberly-Clark pode vender sua unidade de papel tissue internacional por US$ 4 bi, atraindo o interesse de empresas como a Suzano e a Asia Pulp & Paper.

Kimberly-Clark pode vender negócio internacional de papel tissue por US$ 4 bi

A venda potencial da Kimberly-Clark de seu negócio internacional de papel tissue (papéis e lenços) atraiu o interesse de empresas como a Royal Golden Eagle, a brasileira Suzano (SUZB3) e a Asia Pulp & Paper, de acordo com pessoas familiarizadas com a situação ouvidas pela Bloomberg News.

A unidade poderia ser avaliada em cerca de US$ 4 bilhões, disse uma das pessoas, que pediu para não ser identificada por se tratar de um assunto privado. As deliberações estão em andamento e podem não levar a uma transação, disseram as pessoas.

Reorganização da Kimberly-Clark

A empresa sediada em Dallas disse em março que reorganizaria suas operações para combinar seus negócios de tissue de consumo e tissue profissional no exterior sob uma nova divisão chamada International Family Care & Professional, que gera cerca de US$ 3,5 bilhões em vendas anuais com margens operacionais de cerca de 10%.

A Kimberly-Clark deve anunciar seus resultados de 2024 em 28 de janeiro. Em outubro, a empresa reduziu sua previsão de vendas orgânicas para o ano inteiro depois de divulgar resultados mais fracos do que o esperado. Esperava-se que as vendas orgânicas, que eliminam a volatilidade da moeda e outros itens, aumentassem de 3% a 4%, abaixo da previsão anterior de um ganho de um dígito médio.

Suzano interessada?

Na visão do Bradesco BBI, embora um possível acordo esteja alinhado com a agenda de longo prazo da Suzano de buscar o crescimento em produtos downstream em mercados mais maduros, a administração tem sido bastante vocal ao dizer que a empresa não avançará com nenhuma fusão e aquisição considerável. “Isso, combinado com a exposição da Kimberly-Clark ao tissue, que não parece estar alinhada com as prioridades da Suzano, nos leva a acreditar que é improvável que o acordo mencionado se concretize”, avalia o banco.


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