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Donald Trump assume a presidência dos EUA pela segunda vez

Na última segunda-feira (20), Donald Trump assumiu oficialmente a presidência dos EUA pela segunda vez e reiterou temas centrais da campanha.

Donald Trump assume a presidência dos EUA pela segunda vez

Na última segunda-feira (20), Donald Trump assumiu oficialmente a presidência dos EUA pela segunda vez e reiterou temas centrais da campanha, como imigração, energia, comércio internacional e o retorno da indústria ao país. Posteriormente, ao longo do dia, ele assinou ordens executivas enquanto respondia a perguntas de jornalistas.

Mercados Globais

A XP ressalta que, no geral, os mercados globais tiveram uma reação positiva desde a confirmação da sua eleição, em 6 de novembro do ano passado, até a posse, na última segunda 20 de janeiro. As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries), que tinham disparado em antecipação ao pleito, arrefeceram, o que impulsionou mercados de ações. Trump deu sinalizações mais moderadas ao anunciar membros de seu gabinete, notadamente os nomes de Scott Bessent para a secretaria do Tesouro e Howard Lutnick para a secretaria de Comércio.

Contudo, passado o rali inicial da vitória de Trump, os mercados adotaram cautela maior ao longo de dezembro, reagindo duramente às falas de Trump a respeito de tarifas e com aumento de temores na frente fiscal. Sinalizações mais duras do Federal Reserve na última reunião do ano do comitê de política monetária contribuíram para a disparada das taxas das treasuries longas, fortalecimento do dólar e queda nas bolsas ao redor do mundo.

Decretos de Trump

Ontem à noite, no Capital One Arena, após desfile festivo, Trump assinou os primeiros decretos que pretendem mudar o rumo do país, revertendo várias políticas de Biden e restabelecendo ações de seu primeiro mandato.

Impactos no Brasil

O Bradesco avalia dois cenários de eventual endurecimento da política comercial sobre o Brasil com o governo Trump. No primeiro, os EUA aplicariam 10% de tarifa sobre todos os produtos exportados pelo Brasil, com impacto negativo estimado de US$ 2 bilhões sobre a nossa balança comercial e depreciação cambial de cerca de 4%. No segundo, mais severo, as tarifas subiriam para 25% com efeito negativo estimado de US$ 5,5 bilhões sobre nossas exportações. O Brasil exporta cerca de US$ 40 bilhões para os EUA, distribuídos em aço e ferro, petróleo e derivados, aeronaves, papel e celulose, carnes e outros.


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