Elias Leal Lima é o novo CFO da Vivara
A contratação de Elias Leal Lima como novo diretor financeiro (CFO) da Vivara (VIVA3), na noite de segunda-feira (20), foi bem recebido pelos analistas, que consideram a contratação um alívio para o mercado após quase um ano sem um executivo permanente na função. A definição do cargo é vista como um passo importante para reduzir as preocupações de governança, especialmente em um momento de mudanças recentes na liderança da companhia. Mas a percepção geral é de que a novidade não deve provocar alterações na estratégia ou nas operações no curto prazo.
Experiência em private equity
Com uma trajetória de mais de 15 anos, o executivo traz experiência em private equity, tendo atuado no Pátria Investimentos e no Hig Capital, além de passagens pela Kora Saúde, onde ocupou cargos de destaque em finanças, relações com investidores e fusões e aquisições. É por causa desse currículo que o Bradesco BBI acredita que o novo CFO pode contribuir para avanços na gestão de despesas, na otimização tributária e na condução da agenda de crescimento da Vivara.
Opção atrativa
O Itaú BBA classificou o anúncio como neutro, destacando que a Vivara possui um perfil financeiro estável, com baixa alavancagem e poucas atividades relacionadas a fusões e aquisições (M&A). “Governança é um ponto de atenção para os investidores, e acreditamos que apenas o tempo trará maior conforto nesse aspecto”, dizem os analistas.
O JPMorgan também considerou o movimento positivo, apesar de não esperar mudanças de curto prazo na estratégia da empresa. O banco diz que a Vivara, diferentemente de outras companhias no portfólio de Elias Lima, como a Kora Saúde, apresenta uma posição financeira confortável, com caixa líquido e geração consistente de fluxo de caixa livre.
Perspectiva de crescimento
A XP Investimentos, por outro lado, reforçou que a chegada do novo CFO preenche uma posição relevante, aberta desde novembro de 2024. Pontuou também que o histórico recente da Kora Saúde, marcada por alta alavancagem em decorrência de uma estratégia de crescimento via M&A, pode ser um ponto de atenção no contexto da Vivara, que tem um perfil de endividamento muito mais conservador.
A Vivara mantém uma perspectiva de crescimento com margens atrativas, sendo negociada a múltiplos considerados baixos. O Bradesco BBI mantém recomendação de outperform, com preço-alvo de R$ 35, enquanto o Itaú BBA projeta R$ 32 para o final de 2025. O JP Morgan também tem visão overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), com ênfase no potencial de valorização das ações, negociadas a R$ 19,50 no momento do anúncio.
Ações em alta
Às 15h30, as ações da Vivara eram comercializadas a R$ 19,63, uma alta de 0,93%. Em janeiro, a companhia acumula alta de 2,45%, segundo dados do Ibovespa.