Ibovespa fecha acima dos 123 mil pontos
O Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, avançou 0,39% nesta terça-feira, fechando acima dos 123 mil pontos pela primeira vez desde meados de dezembro do ano passado. Esse resultado foi endossado por Wall Street, embora Petrobras e ações de empresas de proteínas tenham limitado os ganhos. De acordo com analistas do Itaú BBA, em relatório com análise técnica divulgada mais cedo, os 123 mil pontos representavam um patamar importante e o Ibovespa fechando acima sairia da tendência de baixa.
A terceira alta seguida do Ibovespa teve apoio de Wall Street, onde o S&P 500 subiu 0,88%, com agentes financeiros repercutindo notícias da posse de Donald Trump para um segundo mandato com presidente dos Estados Unidos. Segundo William Queiroz, sócio e advisor da Blue3, investidores no mercado brasileiro continuam acompanhando os movimentos de Trump, principalmente aqueles com potenciais reflexos para mercados emergentes e Brasil.
Empresas em destaque
Entre as empresas que se destacaram nesta terça-feira, está a Embraer ON, que subiu 2,87% renovando máximas históricas. Vários analistas continuam construtivos sobre a empresa, enxergando um sólido momentum de lucros e ambiente favorável da indústria. A potencial fusão da Gol com a Azul também é vista positivamente para a fabricante de aviões pelo BTG Pactual, uma vez que pode reduzir o risco de crédito das companhias aéreas, o que reverberaria na Embraer, que tem recebíveis da Azul. A Braskem PNA também avançou 3,57%, mais uma vez na ponta positiva, enquanto agentes seguem avaliando potenciais reflexos do Regime Especial da Indústria Química (REIQ), que oferece incentivos fiscais. A Usiminas PNA fechou em alta de 5,36%, melhor desempenho no setor de mineração e siderurgia no Ibovespa, acompanhada por Gerdau PN, que subiu 2,17%, com esta tendo ainda no radar programa de recompra de ações. CSN ON mudou de sinal e valorizou-se 1,38%, assim como CSN Mineração ON, que avançou 1,74%. Vale ON afastou-se das mínimas, mas ainda fechou em queda, de 0,5%, apesar da alta dos futuros do minério de ferro na China. A Raízen PN cedeu 3,11%, enquanto a Petrobras PN reagiu durante a sessão e terminou com variação positiva de 0,03%, após cair 1,5% no pior momento, afetada pela queda dos preços do petróleo no exterior.
Júlio Rossato