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Início do cadastro para lista de espera de vagas em escolas municipais de Maringá causa fila de pais

Começou nesta terça-feira, 21, o período de cadastro na lista de espera por vagas em Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e escolas da rede municipal de ensino de Maringá.

Início do cadastro para lista de espera causa fila de pais em Maringá

Começou nesta terça-feira, 21, o período de cadastro na lista de espera por vagas em Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e escolas da rede municipal de ensino de Maringá. Muitos pais dormiram na fila para garantir vaga em unidades perto de casa ou no ensino integral. São 117 unidades na rede municipal de ensino entre Cmeis e escolas.

Necessidade de escolas de tempo integral

Nem todas as unidades têm ensino integral, mas cada vez mais os pais precisam matricular os filhos em escolas que oferecem o contraturno. Em muitas unidades os pais passaram a noite na fila. A corretora de imóveis Débora Santos tem três filhos na rede municipal. Ela foi para a fila no final da madrugada e já tinha muita gente.

Débora precisa de uma vaga no ensino integral para o filho Arthur, que ingressa em 2025 no primeiro ano do ensino fundamental. “Eu não consigo vaga em período integral. E o integral para o primeiro ano, a gente fez um levantamento junto com os outros pais, que é fundamental devido à alfabetização, que as nossas crianças hoje, até direcionamento de MEC, notas do ENEM, estão caindo cada vez mais, e justamente por questões de alfabetização. E isso daí impacta na vida social de uma criança e na vida dos pais também, porque muitas mães e muitos pais precisam trabalhar para ambos complementar a renda e trazer o sustento para dentro das casas.

Pais buscam unidades próximas de casa

Muitos pais na fila estão em busca de uma vaga para uma unidade mais perto de casa. É o caso de Mayara Maceira. A filha dela não se adaptou muito bem ao ensino integral e como o pai trabalha em home office consegue ficar meio período com a filha.

“Gostaria de trocar minha filha de escola, colocar nessa que é mais próxima à minha casa e vou ver se tem a vaga para o terceiro ano do ensino fundamental. Ela entrou com a vaga no meio período, ela fez o primeiro ano todo no meio período, no segundo ano ela conseguiu integral, ficou, mas não se adaptou muito bem e agora eu estou voltando ver se tem o meio período nessa escola que é mais próxima aqui de casa”, explica Mayara.

Em busca de vaga perto de casa

Jessica Sperandio desistiu de uma vaga no ensino integral. O que ela precisa mesmo é de uma vaga perto de casa. Jessica precisou sair do trabalho e começar a empreender para cuidar dos filhos no contraturno.

“Eu tenho dois filhos, eles estão na rede municipal já. A mais nova está no CMEI e o mais velho saiu do CMEI e está vindo agora para a escola municipal, que ele vai para o primeiro ano. Essa é a escola mais próxima, então eu gostaria que fosse nessa. Ele já está matriculado em uma outra escola, que era onde eu morava perto. […] Eu tô trabalhando em casa atualmente, tô tentando empreender, trabalhar em casa, montar minha rotina para poder cuidar deles.” diz a mãe.

A espera

A reportagem recebeu relatos que havia mães com crianças e até gestantes na fila. Muitos pais passaram a noite na fila para garantir a vaga em unidades perto de casa ou no ensino integral. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Maringá para comentar o assunto e aguarda um retorno.


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