Boleto Bancário é o Método de Pagamento Preferido por Empresas
De acordo com o estudo Panorama de Gestão Fiscal e Financeira 2025 realizado pela Qive, anteriormente conhecida como Arquivei, em parceria com a Endeavor, 65% das empresas preferem o boleto bancário como método de pagamento no universo corporativo brasileiro. O Pix aparece com 33% das preferências e o cartão de crédito com apenas 2%.
Preferência pelo Boleto Bancário
A escolha pelo boleto como método de pagamento no mundo empresarial se deve a fatores como segurança e compatibilidade com sistemas internos. A padronização dos comprovantes, junto ao rastreamento mais robusto das transações e a possibilidade de múltiplas aprovações tornam o boleto mais atrativo para empresas que realizam operações em larga escala. Além disso, limitações em sistemas de gestão empresarial (ERPs) que não integram completamente o Pix reforçam essa preferência.
Ferramentas Antifraude e Automação
Adriana Karpovicz, diretora de Vendas para Grandes Contas na Qive, destaca a importância de verificar a autenticidade das informações e adotar ferramentas antifraude para reduzir riscos. Automatizar a conciliação com as notas fiscais contribui para um controle financeiro mais eficiente. Gerir um volume elevado de pagamentos requer processos bem estruturados, algo que muitos negócios ainda não possuem. Quase metade (48%) dos entrevistados relatou gastar muito tempo com atividades manuais que poderiam ser automatizadas. A tecnologia permite que os profissionais se concentrem em tarefas estratégicas, gerem melhores resultados e agreguem valor ao trabalho.
Desafios para Empresas
De acordo com o estudo, 69% das empresas veem as mudanças constantes e a dificuldade com as regras fiscais como seu principal desafio. Entre as entrevistadas, 43% já receberam multas fiscais, um índice que sobe para 53% na região Nordeste, onde a legislação estadual tende a ser mais complexa e o acesso à automação é menor. Além disso, 54% das empresas acreditam que até 10% do faturamento está comprometido com multas fiscais, o que evidencia a urgência de uma gestão tributária eficiente. Karpovicz avalia que sem processos automatizados e uma equipe qualificada, as empresas estão mais suscetíveis a erros, atrasos e multas fiscais, o que impacta diretamente seus resultados.
Júlio Rossato