Trump sugere venda do TikTok para Elon Musk
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que estaria aberto à compra do TikTok pelo bilionário Elon Musk caso ele, que é presidente-executivo da Tesla, estivesse interessado na plataforma.
O aplicativo de vídeos curtos utilizado por 170 milhões de norte-americanos saiu temporariamente do ar para os usuários logo após entrar em vigor, no domingo, a lei que determina sua venda pela controladora chinesa ByteDance, ou então sua proibição no país, com base em questões de segurança nacional.
Decreto adia aplicação da lei
Na segunda-feira, Trump assinou um decreto buscando adiar por 75 dias a aplicação da lei estabelecida após autoridades norte-americanas alertarem que, sob controle da ByteDance, havia o risco de os dados de norte-americanos serem mal utilizados.
Na tarde desta terça-feira, o TikTok continuava indisponível para download em dispositivos Apple e Android nos EUA.
Desbalanceamento entre EUA e China
Musk, que gastou mais de 250 milhões dólares para ajudar Trump a vencer as eleições presidenciais de novembro, afirmou que há um ambiente de negócios “desbalanceado” entre os EUA e a China.
“Eu tenho sido contra a proibição do TikTok há muito tempo, porque isso vai contra a liberdade de expressão. Dito isso, a situação atual, onde o TikTok é permitido operar na América, mas o X não pode operar na China, é desbalanceada”, disse Musk, que é dono da plataforma X, no final de semana.
Plataforma pode ser vendida para os EUA
“Eu me encontrei com os donos do TikTok, os grandes donos,” acrescentou Trump. “Então, o que estou pensando é em dizer para alguém ‘compre e dê metade para os Estados Unidos da América.'”
Defensores da liberdade de expressão têm sido contrários à proibição do TikTok com base na lei aprovada pelo Congresso dos EUA e sancionada pelo ex-presidente Joe Biden.
A empresa afirma que as autoridades dos EUA distorceram seus vínculos com a China, argumentando que seu mecanismo de recomendação de conteúdo e os dados dos usuários são armazenados nos Estados Unidos em servidores em nuvem operados pela Oracle, enquanto as decisões de moderação de conteúdo que afetam os usuários norte-americanos também são tomadas nos EUA.
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Júlio Rossato
