Ações globais em alta após Trump suavizar tom em relação a tarifas com China
As ações globais estão encerrando a semana em máximas recordes depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, pareceu suavizar sua abordagem em relação às tarifas sobre a China.
O presidente disse em uma entrevista à Fox News que “preferia não” usar tarifas contra a segunda maior economia do mundo. Ele também, até agora, se absteve de impor tarifas à Europa, embora tenha alertado sobre impostos contra o Canadá e o México.
Os sinais de que Trump está aberto a negociações comerciais ajudaram a elevar ativos em todo o mundo sob a sombra de uma guerra comercial, de ações a moedas.
Sinais de abertura à negociação
“Temos um poder muito grande sobre a China, que são as tarifas, e eles [China] não querem as tarifas”, disse Trump, em entrevista à Fox News. Dow Jones subiu 2,5%, o S&P 500 avançou 2%, e o Nasdaq Composite registrou alta de cerca de 2,2% na semana.
“Os mercados parecem se afastar da ideia de tarifas universais, pelo menos por enquanto”, escreveram os estrategistas do Deutsche Bank AG liderados por Luis Costa em uma nota. “Este atraso na implementação de tarifas também oferece à China uma oportunidade de negociar e implementar apoios políticos.”
Setor privado da área do euro volta a crescer
Enquanto isso, o setor privado da área do euro voltou a crescer em janeiro, surpreendendo os analistas, com o Índice Composto de Gerentes de Compras subindo para 50,2.
Os resultados de empresas também seguem no radar. As ações da Ericsson AB despencaram depois que a fabricante sueca de equipamentos de telecomunicações relatou resultados que não corresponderam às estimativas dos analistas. A Burberry Group saltou depois que a fabricante de sobretudos de luxo relatou vendas melhores do que o esperado.
As ações do Banca Monte dei Paschi di Siena caíram depois que o credor italiano lançou uma oferta de aquisição para a Mediobanca SpA, cujas ações subiram.
Fortalecimento do iene em relação ao dólar
No Japão, o iene se fortaleceu em relação ao dólar, depois que o Banco do Japão aumentou as taxas de juros pela primeira vez desde julho.
Júlio Rossato