Volume de chuvas em São Paulo é quase metade do esperado para o mês
Os temporais que atingiram São Paulo na sexta-feira (24) corresponderam a quase metade do esperado de chuva para janeiro na cidade. Segundo a Defesa Civil, foram 125mm de precipitação, enquanto a média para o mês é de 288mm. A chuva também vem sendo tratada como histórica. Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), computados na estação do Mirante de Santana, na zona norte da capital, que faz as medições desde 1961.
Alerta Severo da Defesa Civil de São Paulo
A Defesa Civil emitiu pela primeira vez um SMS de alerta aos paulistanos sobre a chuva forte em São Paulo. O órgão alega que a mensagem foi disparada quando teve certeza, com base em dados, de que a chuva tinha grande potencial de estrago. O tenente Maxwel Souza explicou que o disparo do alerta severo foi realizado após os pluviômetros da Defesa Civil indicarem elevação rápida da chuva em curto espaço de tempo. “Foram 80mm em uma hora, entre às 15h e 16h”, disse o tenente da Defesa Civil. “A previsão é para chover 288mm em todo mês. Isso dá uma medida do quanto a chuva foi forte nesta tarde”, acrescentou.
Impactos da chuva em São Paulo
A violência do temporal causou uma série de transtornos na cidade. Ruas e avenidas ficaram alagadas. As enxurradas arrastaram carros e as estações de metrô, como Jardim São Paulo-Ayrton Senna (Linha 1-Azul), ficaram tomadas pelas águas que escorreram com força pelas escadas. O teto do shopping Center Norte, no bairro Vila Guilherme, desabou no meio do corredor, entre os lojistas e clientes do estabelecimento. Não há registro de vítimas. O Corpo de Bombeiros recebeu chamado para o desabamento de uma casa em Santana (zona norte), e também não registrou feridos.
Equipes da Prefeitura trabalham para minimizar os impactos
O prefeito Ricardo Nunes informou nas redes sociais que equipes da Prefeitura estão nas ruas para minimizar os impactos e recuperar os pontos de alagamentos espalhados pela cidade. “São Paulo enfrentou hoje um volume de chuvas que correspondeu à metade do esperado para o mês inteiro”, escreveu Nunes. “São 345 veículos e 2.400 funcionários trabalhando para minimizar os impactos. Já restabelecemos a maioria dos 37 pontos de alagamento; foram recuperados 33, restando apenas quatro até o momento”.
Transporte e energia afetados
Mesmo depois das chuvas, as pessoas encontraram dificuldades para voltar para casa. Além da lentidão do trânsito nas ruas e avenidas, com 462 quilômetros de congestionamento por volta das 20h30, trens e metrôs também tiveram o funcionamento afetado. O trecho entre as estações Tucuruvi e São Paulo-Ayrton Senna (Linha 1-Azul) ficou fechado até meia-noite, informou a Companhia do Metropolitano de São Paulo, enquanto outras partes da mesma linha estavam com velocidade reduzida e maior tempo de parada. Mais de 140 mil imóveis chegaram a ficar sem luz na capital. A empresa distribuidora de energia Enel informou que equipes estão em campo para restabelecer o serviço para os clientes que foram afetados.
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Júlio Rossato