Relógio do juízo final está a 89 segundos da meia-noite
O relógio do juízo final está mais perto do que nunca da meia-noite (o ponto de aniquilação) desde a tarde desta terça-feira, 28, segundo anunciou um painel internacional de cientistas responsável pelo alerta.
Os cientistas ajustaram o relógio para 89 segundos para a meia-noite – um segundo mais perto da potencial catástrofe global que poria fim ao planeta do que no ano passado — diante das crises sem precedentes enfrentadas hoje pela humanidade.
“Os fatos por trás da decisão deste ano – risco nuclear, mudanças climáticas, o uso nefasto de novas tecnologias como a inteligência artificial – não foram novidades do ano passado”, frisou Daniel Holz, da ONG. “Mas tivemos progressos insuficientes em lidar com esses desafios. Em muitos casos, eles estão levando a consequências cada vez mais negativas e preocupantes. Ajustar o relógio para 89 segundos para meia-noite é um alerta a todos os líderes mundiais.”
Conflitos
A invasão da Ucrânia pela Rússia é o conflito mais sangrento a se desenrolar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. “Segue como uma grande fonte de risco nuclear”, afirmou Holz. “Esse conflito pode escalar para incluir armas nucleares a qualquer momento por conta de alguma decisão mais dura, um acidente ou mesmo um erro de cálculo.”
O Oriente Médio é outra fonte de instabilidade com a guerra de Israel com o Hamas. Também pesa na conta do Juízo Final aumento das hostilidades envolvendo outros países da região, como o Irã.
Crise climática
A crise climática também está se agravando. Ano passado foi o mais quente do registro histórico de acordo com cientistas da Organização Meteorológica Mundial. A última década também teve os dez anos mais quentes – cientistas já discutem se o aquecimento global está ficando mais rápido do que era previsto antes.
“Embora tenha havido crescimento surpreendente do uso da energia solar e eólica, o mundo ainda não está conseguindo fazer o que é necessário para prevenir as piores consequências do aquecimento global”, disse Holz.
Júlio Rossato