Ministro da Fazenda comenta sobre Banco Central e endividamento das famílias
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que embora o Banco Central seja formado por pessoas altamente competentes, isso não os impede de cometer erros. Ele ressaltou que a autonomia do BC não significa que ele esteja livre de equívocos. Haddad também destacou a importância da humildade e honestidade para evitar falhas e tornar a discussão econômica mais aderente aos fatos, com menos influência das ideologias.
Além disso, o ministro apontou a questão das taxas de juros como um fator crucial para combater o alto nível de endividamento das famílias. Com uma inflação anual de 5%, as instituições financeiras chegam a cobrar 5% ao mês de juros, dificultando o pagamento das dívidas. Haddad mencionou o programa Desenrola como uma das iniciativas do governo para ajudar a resolver o problema.
Entretanto, o ministro demonstrou preocupação com a subida da taxa básica de juros, Selic, e destacou que é possível implementar dispositivos para evitar que o aumento chegue ao consumidor. Segundo ele, se o juro final cair, a Selic pode subir e o spread pode cair, compensando o aumento da Selic. Haddad afirmou que o objetivo é fazer com que as famílias migrem de uma dívida com juros altos para uma dívida com juros baixos, ajudando a equacionar o problema do endividamento.
Júlio Rossato