Trump aumenta pressão econômica sobre o Irã
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma diretiva que visa aumentar a pressão econômica sobre o Irã, cumprindo promessas de reverter o que ele considera um regime de aplicação de sanções frouxo sob seu antecessor na Casa Branca.
A diretiva pedirá ao Secretário do Tesouro, Scott Bessent, que utilize sanções e uma aplicação mais rigorosa das medidas existentes para aumentar a pressão sobre Teerã. Juntas, as ações de Trump revivem uma postura mais dura contra o Irã que ele adotou em seu primeiro mandato, quando retirou os EUA de um acordo que impunha limites ao programa nuclear do país e buscou isolar economicamente Teerã.
Cortando as exportações de petróleo
A Casa Branca está buscando cortar as exportações de petróleo do Irã, embora não esteja claro como exatamente os EUA pretendem alcançar esse objetivo ou se isso é possível. A ação também reafirma os planos da administração de bloquear qualquer caminho que Teerã possa ter para obter armas nucleares.
Prejuízos financeiros
Cortar a receita do petróleo do Irã prejudicaria ainda mais as finanças de um país que já enfrenta dificuldades. O país está lidando com escassez de energia devido à falta de investimentos, uma moeda em queda e indústrias em dificuldades — problemas que ameaçam se agravar se a receita do petróleo for reduzida.
Biden e Pezeshkian
Durante sua própria presidência, Biden intensificou as sanções sobre Teerã devido ao seu apoio a grupos proxy no Oriente Médio, como o Hamas e o Hezbollah, e por suas ligações com a Rússia. Trump, após ser reeleito em 2024, disse estar aberto a negociar com o Irã, desde que o país não busque armas nucleares. O presidente iraniano Masoud Pezeshkian, um reformista, priorizou a redução das sanções e uma reaproximação, enquanto busca estabilizar a economia do país.
Ações adicionais de Trump
Trump também assinou ações que retiram os EUA de iniciativas de refugiados e direitos humanos administradas pelas Nações Unidas, além de iniciar uma revisão mais ampla do financiamento da organização internacional, bem como de seu ramo científico, educacional e cultural.
Júlio Rossato