Lula critica postura de Trump
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (5) que o Brasil pode adotar medidas retaliatórias caso o governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, imponha tarifas sobre produtos brasileiros. Durante entrevista às rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNews FM BH, Lula criticou a postura do presidente americano e classificou sua campanha como baseada em “bravatas”.
“O presidente Trump fez a campanha com base em bravatas”, disse Lula, acrescentando que os EUA não podem mudar repentinamente “do país que defendia a paz para o país que defende a provocação”. Segundo o presidente brasileiro, Washington também depende do comércio global e não pode brigar com todo o mundo ao mesmo tempo.
Lula reforçou que, caso os EUA adotem medidas protecionistas contra produtos brasileiros, o governo poderá responder à altura. “É lógico que o Brasil pode taxar produtos dos EUA se eles impuserem tarifas sobre o Brasil”, afirmou.
Relação diplomática histórica de 200 anos
Lula reforçou que o Brasil e os Estados Unidos têm uma relação diplomática histórica de 200 anos e lembrou que o país norte-americano tem superávit comercial com o Brasil.
O presidente também mencionou a necessidade de reduzir a dependência do dólar no comércio internacional, destacando que o BRICS tem direito de buscar novas formas de negociação. “O BRICS tem direito de discutir uma forma de negociação que não dependa do dólar”, afirmou. Além disso, Lula criticou o direcionamento da política externa americana sob Trump. “Os EUA não podem mudar repentinamente do país que defendia a paz para o país que defende a provocação.”
Pesquisas eleitorais e especialização do jornalista
Lula também disse que pesquisas de opiniões recentes sobre o cenário eleitoral para 2026 estão muito distantes do pleito. Paulo Barros, jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP, é o editor com foco em investimentos e criptomoedas do InfoMoney, tendo trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk.
Júlio Rossato
