Autoridades Europeias Reforçam Apoio à Ucrânia
Após a cúpula de líderes realizada neste domingo, 2, em Londres, diversas autoridades europeias foram a público reforçar a mensagem de apoio à Ucrânia e de reforço nas ações de segurança. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, organizador da cúpula, classificou a reunião como 'um momento único em uma geração para a segurança da Europa'. Ao capitanear esforços para a criação de um plano de cessar-fogo da guerra entre Ucrânia e Rússia, ele defendeu que as nações europeias deveriam reforçar suas fronteiras e apoiar a Ucrânia com todo o seu peso. 'Cada nação deve contribuir para isso da melhor maneira que puder, trazendo diferentes capacidades e apoio à mesa, mas todos assumindo a responsabilidade de agir, todos aumentando sua própria parcela do fardo', disse.
Olaf Scholz disse ainda que o foco dos aliados será garantir que a Ucrânia tenha um exército forte quando a guerra terminar. Na semana passada, a Rússia lançou mais de 200 drones em um ataque noturno, no que a Ucrânia disse ser o maior ataque desse tipo desde o início da guerra, há três anos. O primeiro-ministro da Holanda, Dick Schoof, afirmou que uma Ucrânia segura e protegida é do interesse de toda a Europa, incluindo a Holanda, e é por isso que uma Europa unida é agora 'mais importante do que nunca'.
Após participar da cúpula, Schoof afirmou que a Europa 'precisa desempenhar um papel maior na salvaguarda da segurança do continente'. 'A Europa deve assumir mais responsabilidade por sua própria segurança, inclusive reforçando as capacidades de defesa europeias'. O presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, disse que fortes garantias de segurança são necessárias para uma paz duradoura na Ucrânia e garantir que o país devastado pela guerra não seja invadido novamente.
Costa destacou a importância de evitar repetir 'a experiência de Minsk' e ressaltou a necessidade de aprender com o passado. Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, rejeitou as perspectivas russas e afirmou que a Ucrânia deve manter sua soberania e democracia. 'A Ucrânia é um país europeu que escolheu buscar a adesão à União Europeia - uma nação democrática e soberana. E deve permanecer assim', disse Scholz.
Ele também defendeu que a Ucrânia deve manter sua força militar para garantir sua segurança contra futuros ataques. A demanda russa de desmilitarização da Ucrânia foi considerada inaceitável por Scholz.
Júlio Rossato