Mercados Futuros dos EUA Operam em Alta com Expectativa de Acordo sobre Tarifas
Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta quarta-feira (5), com os investidores à espera de um possível acordo sobre as tarifas do governo Trump direcionadas a produtos de importantes parceiros comerciais.
O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse à Fox Business que os EUA poderiam anunciar um caminho para alívio tarifário em produtos mexicanos e canadenses cobertos pelo acordo de livre comércio da América do Norte. As tarifas provavelmente cairiam “em algum lugar no meio”, com o presidente dos EUA, Donald Trump, “se movendo com os canadenses e mexicanos, mas não totalmente”, disse Lutnick.
Em um discurso ao Congresso, Trump reconheceu a possibilidade de um “período de ajuste” nas tarifas, enquanto defendia suas políticas para reestruturar a economia dos EUA.
Os dados econômicos previstos para a manhã de quarta-feira incluem o relatório de folhas de pagamento privadas da ADP para fevereiro e o índice de gerentes de compras do mês passado, que podem fornecer insights sobre a economia dos EUA.
Desempenho dos Mercados Futuros
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta, após a China manter sua meta de crescimento para este ano e apesar de crescentes tensões comerciais em meio à ofensiva tarifária do governo Trump.
No noticiário macroeconômico, o PMI de serviços chinês subiu de 51 em janeiro para 51,4 em fevereiro, sinalizando expansão um pouco mais forte do setor, segundo pesquisa da S&P Global/Caixin.
Os mercados de ações europeus operam subem e os títulos da região despencam devido aos planos da Alemanha de liberar centenas de bilhões de euros para defesa e infraestrutura. A decisão da Alemanha de isentar a defesa dos limites de gastos fiscais em resposta ao apoio decrescente dos EUA está repercutindo nos mercados. Ela sinaliza uma reviravolta nas regras de empréstimos rígidas do país, estimulando otimismo para um impulso econômico para a Europa.
Os preços do petróleo caem pela terceira sessão seguida, com os planos dos principais produtores de aumentar a produção em abril, combinados com as preocupações de que as tarifas dos EUA sobre o Canadá, México e China desacelerarão o crescimento da economia e da demanda por combustível, o que prejudicou o sentimento dos investidores.
As cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho, pressionadas pelas tarifas retaliatórias entre os Estados Unidos e a China, maior consumidora de metais, superando o otimismo sobre a melhora da demanda pelo aço chinês.
As criptomoedas recuperaram grande parte das perdas na terça-feira, com o bitcoin voltando a se aproximar do nível crucial de US$ 90.000.
(Com Reuters e Bloomberg)
Felipe Moreira
Júlio Rossato