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Retomada de Negociações Após Carnaval Preocupa Investidores

Investidores atentos às notícias dos EUA após tarifas de Trump causarem volatilidade nos mercados. Brasil opera em pregão reduzido na Quarta-feira de Cinzas. Dados do mercado de trabalho em destaque.

Retomada de Negociações Após Carnaval Preocupa Investidores

Retomada de Negociações Após Carnaval Preocupa Investidores

Com a retomada das negociações após o Carnaval, notícias dos Estados Unidos devem ser acompanhadas de perto por investidores. Se as tarifas anunciadas por Donald Trump e que entraram em vigor só na última terça-feira já mexeram com mercados na segunda, a expectativa é que continuem trazendo volatilidade.

Nesta quarta-feira, cabe destacar, a Bolsa brasileira voltará a operar na Quarta-feira de Cinzas em um pregão reduzido, passando a operar a partir das 13h (horário de Brasília). Na segunda, o índice dos principais ADRs brasileiros – o Brazil Titans 20 – negociado em Nova York, registrou leve variação positiva de 0,09% e na terça queda de 0,56%, em recuperação após ter caído cerca de 2% nas mínimas do dia.

Os dois primeiros dias da semana foram de fortes baixas para as principais bolsas mundiais, com os desdobramentos para o mercado depois que o presidente dos EUA Donald Trump anunciou o início das tarifas de 25% sobre o Canadá e o México no fim da tarde de segunda e de 20% para a China.

Trump, por sinal, discursou por 100 minutos no Congresso dos EUA na noite da última terça, abordando medidas implementadas em seu governo, relações internacionais e políticas comerciais. Durante a sessão, houve protestos de parlamentares democratas e menções a temas como economia, imigração e segurança nacional – e também ao Brasil.

Na agenda da semana, dados do mercado de trabalho serão destaque após divulgações de PMI nos EUA e no Brasil. Por aqui, o grande destaque fica para a sexta (7), com os dados do PIB do quarto trimestre.

Às 15h, o presidente Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Marco Aurélio Marcola, e o chefe de Gabinete Adjunto de Agenda, Oswaldo Malatesta, no Palácio do Planalto. Em seguida, às 16h, ele tem encontro com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

Conforme havia anunciado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi em frente com planos para tarifar em 25% as importações de México e Canadá e em 20% os produtos vindos da China. Os governos canadense e chinês anunciaram medidas retaliatórias, enquanto o México fará isso no domingo.

"A decisão do presidente Trump de avançar com as tarifas, somada a mais dados fracos sobre a economia dos Estados Unidos, resultaram em mais busca por segurança nos mercados financeiros" disse Jonas Goltermann, vice-economista-chefe de mercados da consultoria Capital Economics em um relatório. "Isso pode se provar uma reação exagerada – Trump pode facilmente mudar de ideia", acrescentou.

Na segunda, dados também mostraram uma ligeira queda na produção industrial dos EUA. A pesquisa do ISM mostrou que o PMI do setor industrial caiu para 50,3 no mês passado, de 50,9 em janeiro, enquanto o índice prospectivo de novos pedidos ficou em 48,6 em fevereiro, de 55,1 em janeiro.

Trump discursou por 100 minutos no Congresso na terça, abordando medidas implementadas em seu governo, relações internacionais e políticas comerciais. Durante a sessão, houve protestos de parlamentares democratas e menções a temas como economia, imigração e segurança nacional – e menção ao Brasil.

Ele ressaltou as medidas tomadas por seu governo nas primeiras seis semanas da administração. Trump afirmou que seu governo estava “apenas começando”. Mais de uma vez, o republicano apontou que a sua vitória eleitoral foi um “mandato” da população americana.

O republicano também defendeu as tarifas e citou o Brasil como um dos países que “cobram demais dos Estados Unidos”.

A China estabeleceu uma meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de “cerca de 5%” para 2025, a mesma do ano passado, apesar dos crescentes desafios provenientes das tensões comerciais, da demanda doméstica fraca e da prolongada desaceleração do mercado imobiliário.

A meta foi anunciada pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang. No ano passado, a China atingiu a meta, ao registrar 5% de expansão do PIB.

Para estimular o crescimento, o governo elevou a meta de déficit fiscal para 4% do PIB, acima dos 3% do ano passado, informou Li.

Na última terça, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a Ucrânia está disposta a negociar um acordo de paz com a Rússia e que ele está pronto para atuar “sob a forte liderança” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A indústria brasileira mostrou forte melhora em fevereiro, com recuperação da produção diante do aumento da demanda, embora os preços de venda sigam em alta, mostrou nesta segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI).

Em fevereiro, o índice compilado pela S&P Global saltou a 53,0, de 50,7 em janeiro, avançando acima da marca de 50 que separa crescimento de contração e marcando o ritmo mais intenso desde setembro.

Entre julho e dezembro de 2024, 684.262 revisões do auxílio doença foram realizadas, resultando no corte de 356.422 benefícios, o que corresponde a 52% dos auxílios periciados. A economia para os cofres públicos foi de R$ 2,4 bilhões.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), lidera o ranking de aprovação entre os chefes de Ministérios do governo Lula, de acordo com uma pesquisa da AtlasIntel. O levantamento aponta que Tebet é a mais bem avaliada pelos brasileiros, enquanto o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, registra a maior rejeição.

Com 62% de aprovação, Tebet se destaca como a ministra mais bem avaliada, seguida por Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos e Cidadania, ambos com 54%. Wellington Dias, responsável pela Assistência Social, aparece com 51%, enquanto Ricardo Lewandowski, da Justiça, soma 47% de aprovação.

Após a nomeação da deputada Gleisi Hoffman para a Secretaria de Relações Institucionais com a saída de Alexandre Padilha, que assume o Ministério da Saúde, a troca de cadeiras pode não ter terminado para o governo Lula. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, agora, o presidente avalia o nome do deputado Guilherme Boulos (PSOL) para assumir a Secretaria-Geral da Presidência.

Para tomar posse como nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi tem de se licenciar da presidência, conforme normas do Código de Ética da Presidência. Com isso, nos próximos dias, a Executiva Nacional vai se reunir para definir as regras da escolha do dirigente interino, que comandará o partido até as eleições internas, convocadas para 6 de julho. As informações são do jornal Valor.

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