Mercados em Alerta por Medidas Tarifárias dos EUA
O Ibovespa Futuro operava perto da estabilidade nos primeiros negócios desta terça-feira (11), com investidores ainda receosos com a possibilidade de uma recessão nos EUA, à medida que temem que uma potencial guerra comercial impulsionada pelas tarifas do presidente norte-americano, Donald Trump, possa afetar a maior economia do mundo, que já mostra indícios de desaceleração. Às 09h09 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril subia 0,06%, aos 126.920 pontos.
O sentimento ganhou força no fim de semana, quando Trump evitou prever as consequências de suas prometidas medidas tarifárias em entrevista concedida à Fox News, sinalizando que o país passará por um “período de transição” enquanto se adapta às ações que seu governo está tomando.
Na cena política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja para Minas Gerais nesta terça, com participações em inauguração do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Híbrida Flex da Stellantis STLAM.MI, em Betim, e em inauguração de laminador para expansão da produção de aço, em Ouro Branco.
Índices futuros dos EUA têm leves ganhos após sell-off com temores sobre recessão
Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com alta de 0,36%, S&P500 valorização 0,42% e Nasdaq Futuro subia 0,58%, com atenção para números do relatório Jolts, às 11h.
O dólar à vista caía 0,06%, aos R$ 5,846 na compra e R$ 5,848 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,26%, aos 5.866 pontos.
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em baixa, acompanhando o movimento negativo de Wall Street, em meio a preocupações com a política tarifária dos EUA e o risco de recessão na maior economia do mundo.
Petróleo e Minério de Ferro em Destaque
Os preços do petróleo sobem após queda da véspera, com temores de que as tarifas dos EUA sobre o Canadá, México e China desacelerariam as economias ao redor do mundo e prejudicariam a demanda por energia.
As cotações do minério de ferro na China fecharam perto da estabilidade, com expectativas de aumento da demanda, já que as siderúrgicas da região norte do maior consumidor, a China, estão prontas para retomar a produção após a conclusão da reunião anual do parlamento. No entanto, os ganhos foram limitados por preocupações com o aumento do atrito comercial global provocado pelas últimas tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
(Com Reuters)
Júlio Rossato