Desempenho Financeiro do Grupo Casas Bahia no 4T24
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) registrou prejuízo líquido atribuível aos sócios controladores de R$ 452 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), o que representa redução de 54,8% sobre a perda de R$ 1 bilhão no mesmo período de 2023.
Já lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 640 milhões nos últimos três meses do ano passado, aumento de 300% ante Ebitda ajustado de R$ 160 milhões um ano antes.
A receita líquida cresceu 7,6% entre os dois períodos, de R$ 7,414 bilhões para R$ 7,981 bilhões.
A margem bruta foi de 30,8% no quarto trimestre de 2024 (4T24), frente a 27,6% no mesmo período de 2023 (4T23), representando uma melhora de 3,2 pontos percentuais (p.p.).
Enquanto isso, a varejista registrou uma redução de 2,5% nas despesas gerais e administrativas (SG&A) no 4T24, com uma queda de 5,4% em 2024 comparado a 2023, o que equivale a uma redução de R$ 384 milhões.
A margem EBITDA ajustada foi de 8,0% no 4T24, comparada a 2,2% no 4T23, com uma melhora de 5,8 p.p., atingindo R$ 640 milhões, quatro vezes maior do que no 4T23.
O crescimento do GMV (Gross Merchandise Volume, ou Volume Bruto de Mercadoria) consolidado da Casas Bahia foi de 9,9% em relação ao 4T23, revertendo a tendência observada nos trimestres anteriores.
O GMV das lojas físicas, por sua vez, cresceu 16,1%, enquanto o SSS (Same-Store Sales, ou Vendas nas Mesmas Lojas) aumentou 17,1%.
Já o GMV de lojas de terceiros (3P) cresceu 23,7% em comparação ao ano anterior, com a receita dessa categoria subindo 23,4% e o take rate (taxa de comissão sobre as vendas) atingindo 12,0%.
O fluxo de caixa livre foi de mais de R$ 1,2 bilhão no quarto trimestre de 2024 (4T24), apresentando um crescimento de 70% em relação ao mesmo período de 2023 (4T23).
O saldo de liquidez, que inclui recebíveis, alcançou R$ 4,0 bilhões no 4T24, com um aumento de R$ 882 milhões em comparação ao terceiro trimestre de 2024 (3T24).
Júlio Rossato
