Fundo de Pensão do Banco do Brasil tem Maior Déficit desde 2017
O Plano 1, fundo de pensão de funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), encerrou o ano de 2024 com um déficit de R$ 3,16 bilhões, o maior desde 2017 e o primeiro desde 2021. Em 2023, o fundo havia registrado um superávit de R$ 14,5 bilhões.
As oscilações de mercado e o impacto nos investimentos levaram a Previ a consumir o superávit de 2023, conforme comunicado à imprensa. Apesar disso, o Plano 1 continua sólido, priorizando o pagamento de benefícios aos mais de R$ 106 mil associados, sendo 97% aposentados ou pensionistas.
O Plano 1, maior fundo administrado pela Previ, possui R$ 240 bilhões em patrimônio e obteve um novo superávit de R$ 1,3 bilhão em janeiro deste ano. A rentabilidade negativa de 12% na carteira de renda variável foi o principal fator para o desempenho abaixo do esperado em 2024.
A estratégia da Previ é de longo prazo, mesmo diante das oscilações do mercado financeiro brasileiro. A redução da exposição à renda variável e o aumento na renda fixa são parte das ações da entidade para manter o equilíbrio dos planos.
Em entrevista, o diretor de investimentos da Previ, Cláudio Gonçalves, destacou a redução da concentração em Vale ao longo dos anos, mas ressalta a necessidade de uma saída estratégica condizente com o valor da ação. A entidade acredita que a empresa ainda está subvalorizada e espera uma valorização no futuro.
A política de caixa mínimo da Previ garante recursos líquidos para o pagamento de benefícios sem a necessidade de venda de ativos, mesmo diante do resultado abaixo da meta atuarial. Os benefícios pagos em 2024 totalizaram R$ 16,5 bilhões.
Júlio Rossato