Rússia expulsa tropas ucranianas em Sudzha
A Rússia disse que expulsou tropas ucranianas e retomou Sudzha, uma cidade fronteiriça na região de Kursk que tem um centro crucial de transporte de gás nas proximidades, disse o Ministério da Defesa em um comunicado nesta quinta-feira (13) no Telegram.
A mídia estatal russa transmitiu na quarta-feira imagens de tropas hasteando bandeiras em dois locais no centro da cidade.
Os avanços da Rússia ao longo da frente de batalha nos últimos meses e a tentativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de fechar um acordo de paz para pôr fim ao conflito de três anos na Ucrânia aumentaram os temores de que Kiev, apoiada pelo Ocidente, poderia perder a guerra.
O enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, chegou a Moscou na quinta-feira para se encontrar com Putin. Autoridades russas disseram que o assessor de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, forneceu detalhes sobre a ideia de cessar-fogo na quarta-feira e que a Rússia estava pronta para discuti-la.
Trump disse na Casa Branca na quarta-feira que esperava que o Kremlin concordasse com a proposta dos EUA para um cessar-fogo de 30 dias que a Ucrânia afirmou que apoiaria.
Poucas horas depois do discurso de Trump, o Kremlin publicou imagens de Putin vestido com um uniforme de camuflagem verde visitando a região de Kursk, no oeste da Rússia, onde a Ucrânia está prestes a perder sua posição após uma ofensiva relâmpago das forças russas.
Algumas autoridades russas mostram pessimismo, dizendo que a Rússia não estaria disposta a interromper os combates após recuperar territórios “Nossa tarefa no futuro próximo, no menor prazo possível, é derrotar decisivamente o inimigo entrincheirado na região de Kursk”, disse Putin, um ex-oficial da KGB que raramente usa uniforme militar.
E, é claro, precisamos pensar em criar uma zona de segurança ao longo da fronteira do Estado”, declarou Putin. Ele não mencionou a ideia do cessar-fogo. Putin conversará nesta quinta-feira em Moscou com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, e depois concederá uma entrevista coletiva conjunta, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
(com Reuters e BBC)
Paulo Barros Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas
Júlio Rossato