Governador de São Paulo pede anistia de presos
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), subiu o tom pela anistia de presos e condenados pelo 8 de Janeiro durante manifestação bolsonarista no Rio de Janeiro, neste domingo, 16. 'A gente está aqui para pedir, lutar e mostrar que todos estamos juntos para exigir anistia daqueles inocentes que receberam penas desarrazoadas (...) Quero ver quem vai ter coragem de se opor (ao projeto da anistia)', afirmou o chefe do Poder Executivo paulista, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Tarcísio também questionou o motivo de a Justiça brasileira tornar o ex-presidente inelegível. 'Qual razão para afastar Jair Messias Bolsonaro das urnas? É medo de perder eleição, porque sabem que vão perder?', questionou o ex-ministro. Hoje, Bolsonaro só poderia voltar a disputar eleição presidencial em 2034. Isso porque, em junho de 2023, a o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, pela reunião com embaixadores em que ele atacou o sistema eleitoral do País, sem apresentar nenhuma prova. Em outubro do mesmo ano, foi condenado mais uma vez, por abuso de poder político durante o feriado do 7 de Setembro em 2022, por usar a data para fazer campanha eleitoral, segundo o entendimento dos magistrados. Tarcísio também afirmou que a liberdade no País está em risco. De acordo com ele, 'a liberdade é uma árvore que dá fruto e no dia que essa árvore morrer, os frutos vão embora. Vai embora o investimento, vai embora a segurança jurídica, vai embora a prosperidade e vai embora a própria democracia'. Mais cedo, o líder do governo afirmou que pedirá urgência na tramitação da proposta que perdoa os crimes pelos quais os presos e condenados pelo 8 de Janeiro respondem no Supremo Tribunal Federal (STF). 'Estou assumindo compromisso com vocês. Nesta semana, na reunião de colégio de líderes, vamos dar entrada com 92 deputados do PL e de outros partidos, para podermos pedir urgência do projeto da anistia para entrar na pauta na semana que vem', afirmou.
Júlio Rossato