Desempenho de Magazine Luiza e Casas Bahia em 2025
A Magazine Luiza (MGLU3) reportou lucro líquido de R$ 294,8 milhões no 4T24, crescimento de 38,9% na base anual, com EBITDA de R$ 842,4 milhões (+53,6%). Apesar da melhora na lucratividade, analistas alertam para a desaceleração nas vendas.
Já a Casas Bahia (BHIA3) reduziu seu prejuízo em 54,8%, para R$ 188 milhões, com alta de 14,7% na receita, que somou R$ 7,5 bilhões. Apesar da melhora operacional, a alavancagem ainda preocupa.
As ações de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) apresentam um forte rali em 2025, impulsionadas pelo aumento da demanda compradora e pelo rompimento de importantes resistências técnicas.
MGLU3 acumula alta de 47,69% no ano, enquanto BHIA3 já registra valorização de 90,66% no mesmo período. No entanto, ambas começam a dar sinais de exaustão no curto prazo, uma vez que se afastaram consideravelmente das médias móveis e apresentam o IFR em zona de sobrecompra. Esse cenário pode favorecer um movimento corretivo antes de uma nova pernada de alta.
Para entender até onde o preço de BHIA3 e MGLU3 pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
No gráfico semanal, BHIA3 se destaca pelo forte desempenho recente, acumulando alta de 107,92% apenas em março. A ação rompeu resistências importantes, incluindo um pivô de alta, o que reforça a recuperação da tendência no médio prazo.
Atualmente, o papel precisa superar a faixa de R$ 6,03/R$ 6,70 para manter o ritmo de valorização. Caso consiga esse rompimento, os próximos alvos técnicos estão em R$ 7,45/R$ 8,25, podendo buscar níveis mais elevados em R$ 10,28 e R$ 12,00.
Assim como MGLU3, BHIA3 também se encontra em um patamar elevado e distante das médias móveis. Se iniciar um movimento corretivo, suportes importantes estão entre R$ 4,80 e R$ 3,95. Caso perca essa região, pode buscar patamares mais baixos em R$ 3,65/R$ 3,45, com um alvo final na mínima histórica de R$ 2,60.
No curto prazo, o gráfico diário mostra que BHIA3 se afastou consideravelmente das médias de 9 e 21 períodos, sugerindo possível correção. O IFR (14) em 73,11 confirma a condição de sobrecompra e reforça a possibilidade de um movimento de ajuste.
Caso o ativo rompa a resistência em R$ 6,03 e feche acima, poderá buscar novas máximas em R$ 6,70, R$ 7,45, R$ 8,25 com um alvo mais longo na região de R$ 9,15.
No entanto, se houver correção, o primeiro suporte relevante está na região de R$ 4,74/R$ 4,47. Se essa faixa for perdida, a ação pode buscar níveis mais baixos, com suportes em R$ 3,95/R$ 3,70 e R$ 3,50.
O gráfico semanal mostra que MGLU3 vem consolidando um forte movimento de recuperação desde que testou o suporte em R$ 5,71 no início do ano. Após um avanço de 22,14% na última semana, o papel negocia acima das médias móveis, demonstrando interesse comprador e possibilidade de continuidade da alta.
A resistência imediata está na faixa de R$ 10,10/R$ 10,75. Caso esse nível seja superado, os próximos alvos estão em R$ 12,20 e R$ 14,00, podendo buscar patamares ainda mais altos em R$ 16,40 e R$ 18,90.
Entretanto, o afastamento das médias móveis exige cautela. O ativo pode apresentar um pullback para regiões de suporte entre R$ 8,78 e R$ 8,07. Caso perca essa faixa, há possibilidade de uma correção mais profunda até a região de R$ 7,78/R$ 6,77. Os alvos mais longos estão na região de R$ 6,02 e no fundo deste ano nos R$ 5,71.
No gráfico diário, MGLU3 exibe uma recuperação acelerada desde que atingiu R$ 5,71, formando topos e fundos ascendentes e consolidando sua tendência de alta no curto prazo. O ativo opera acima das médias de 9 e 21 períodos, mas já encontra resistência na média de 200 períodos, situada em R$ 9,88.
Outro fator que reforça a necessidade de atenção é o IFR (14), atualmente em 73,84, o que indica sobrecompra e possibilidade de realização de lucros. Para seguir com o movimento positivo, será fundamental romper os R$ 9,88 e consolidar acima desse patamar. Se isso ocorrer, os próximos alvos ficam em R$ 10,10, R$ 10,75 e R$ 12,20. Caso supere essas regiões o alvo mais longo está em R$ 14,00.
Por outro lado, caso a realização de lucros se intensifique, o ativo pode corrigir para as médias de curto prazo, com suportes em R$ 8,78/R$ 8,32 e, posteriormente, em R$ 7,65/R$ 6,77. Abaixo desses níveis, a tendência de alta perderia força e o papel poderia voltar a testar os R$ 6,36.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o InfoMoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.
Júlio Rossato